Quando alguns sinais e sintomas começam a comprometer a independência e a autonomia dos idosos, especialmente nos aspectos cognitivos (memória, atenção e planejamento) podemos favorecer estímulos diários no ambiente domiciliar. É possível trabalhar um envelhecimento ativo mesmo para as pessoas com Alzheimer.
Nossas sugestões para manter ao máximo um envelhecimento ativo com Alzheimer são:
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Manter o afeto e a aceitação.
Todos os que convivem com o idoso, diante de alguns sinais de esquecimento, devem favorecer um ambiente acolhedor e de segurança. Ficar testando o idoso pode constrangê-lo. Evite perguntas como: “Voce não lembra?” “Te avisei ontem”. “ Você lembra que eu vim aqui ontem?”. Converse com o idoso e retome os assuntos de forma clara e com amorosidade. Mostre sempre o apoio que ele terá e favoreça sempre carinho e respeito pelas queixas e sintomas que ele está apresentando.
2. Diante das dificuldades mais evidentes, promova alguns dispositivos de apoio.
Pode ser um calendário bem grande e com espaços para marcar os compromissos. Lembrando sempre de o idoso destacar qual o dia e quais são as atividades daquele dia. O calendário poderá ser feito personalizado para o idoso e poderá ser fixado em local de grande visibilidade. Poderá oferecer uma agenda para o idoso. Ou mesmo ajudá-lo a manusear as agendas eletrônicas do celular ou tabletes que emitem sinais sonoros no momento de cada compromisso. Tudo vai depender dos hábitos e da história de cada idoso na sua trajetória de vida.
3. Criar um diário personalizado para o idoso, se isso for de interesse e desejo dele e da família.
Ao final de cada dia, ou ao final da semana, anotar os principais acontecimentos. Destacando o dia da semana e do mês e o que aconteceu. Poderá usar imagens, fotos, ingressos, rótulos, receitas de uma comida muito especial, entre outras informações. Outros recursos que possam ampliar a utilização dos aspectos cognitivos são bem vindos. Dessa forma, tanto o idoso como a família poderão acessar as informações sempre que desejarem. Manter a escrita é sempre uma atividade muito importante. Se necessário poderá ser escrito por outra pessoa, participando o idoso ativamente de tudo que ele realizou naquele dia ou naquela semana.
4. Sempre que puder, peça a ajuda do idoso naquilo que ele sabe fazer e tem domínio.
Mantê-lo ativo e com reponsabilidades, especialmente se o idoso não estiver desenvolvendo trabalhos formais e regulares. Poderá pedir para o idoso ajudar a arrumar alguns itens da casa – como reformar um banco, pintar alguma moldura ou quadro, ajudar o neto a fazer um dever da escola. Ou mesmo acompanhar o neto em aulas de outras línguas ou aulas de música, promover encontros entre gerações.
5. Promover atividades culturais (cinema, teatro, show, entre outros), providenciar as programações de Centros de Convivências e dos Espaços Sociais da Cidade e agendar aquelas de interesse e possibilitar condições para que de fato o idoso possa frequentar espaços de seu interesse.
6. Direcionar o idoso para algum trabalho voluntário ou convidá-lo a participar de alguma causa social que possa despertar suas habilidades e suas potencialidades. Renovar projetos e ações que possam resignificar o sentido de utilidade e importância para o idoso são muito importantes.
Cada situação merece ser analisada de forma cuidadosa e individualizada. Lembre-se de manter o respeito pelos interesses do idoso e suas reais condições de desenvolver cada atividade proposta. Importantíssimo considerar se o idoso apresenta condições de realizar as atividades propostas. Assim, evitamos frustação e abandono das iniciativas. E, ao mesmo tempo, promovemos um envelhecimento ativo.
A criatividade torna-se essencial para promover ações e tirar o idoso da ociosidade. Desta maneira, podemos favorecer novas atividades no cotidiano que estimulam o idoso a manter-se ativo e saudável, mesmo diante de alguns comprometimentos que a fase inicial do Alzheimer apresenta.
Agradeço as dicas que tenho certeza me ajudará neste sentido, terei maior prazer em divulgar a matéria ,obrigado