A reabilitação é parte essencial do tratamento geriátrico pois as perdas funcionais afetam a qualidade de vida. Isto é, perder capacidades físicas afeta fortemente a rotina de maneira negativa. E, após os 60 anos, é mais comum sofrer com doenças descapacitantes.
Por exemplo, uma pessoa sofre um AVC que compromete os movimentos da perna esquerda. Como conseqüência, fica difícil caminhar. Desta maneira, podem ocorrer 3 tipos de reação que alteram sua qualidade de vida para pior. Uma é psicológica: o surgimento do sentimento de invalidez e menos-valia. Outra é física: o paciente passa a se locomover menos e pode começar a sofrer os problemas do sedentarismo. Por último, um problema social: por dificuldade física e/ ou sentimentos negativos sobre o problema da perna (como vergonha, por exemplo), o idoso deixa de participar de reuniões e passeios de família ou com amigos.Neste caso, se não houver um tratamento efetivo para a recuperação dos movimentos da perna, este paciente pode desenvolver depressão e outras doenças, que podem até levá-lo à morte.
Assim, entende-se que a reabilitação é fator chave para a saúde de pessoas com funcionalidades comprometidas.
De maneira geral, os tratamentos de reabilitação devem acontecer quando há uma doença que gera a deterioração do rendimento físico a nível orgânico. Por sua vez, esta deterioração provoca a limitação da vida diária. Desta maneira, a pessoa torna-se incapaz de cumprir tarefas de sua rotina. E, a partir do momento em que se depende de outra pessoa para cumprir suas tarefas diárias, há um comprometimento significativo da qualidade de vida.
Por isso, a reabilitação deve ser vista como uma estratégia terapêutica que deve ser aplicada em qualquer momento. Todas as ações que visam a recuperar o potencial físico, psicológico e social do paciente podem ser chamados de tratamentos de reabilitação. Podem ser sessões de fisioterapia em clínicas especializadas ou na casa do paciente. Ou ainda, arte-terapia em centros de convivência, entre outros exemplos.