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Saúde

Tratamento Não Cirúrgico da Artrose: Viscossuplementação

Juliana Martinelli
Última atualização 21 de novembro de 2019 19:14
Por Juliana Martinelli
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5 Min
viscossuplementação para o tratamento da artrose
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A Viscossuplementação é uma boa alternativa para o tratamento da Osteoartrite.

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A infiltração não é um tratamento novo. Já é realizado há mais de 50 anos, e várias são as medicações que podem ser utilizadas. Já falamos sobre os glicocorticóides em outro artigo e nesse falaremos sobre a Viscossuplementação, em que se usa derivados do ácido hialurônico (AH).O AH não só atua na dor, mas também promove um potencial efeito modificador de doença através da condroproteção.Portanto, a Viscossuplementação (que é uma infiltração articular de derivados do AH) é, muitas vezes, a medida de melhor risco/benefício para o paciente.

O tratamento final da OA avançada é a substituição por artroplastia. Mas, várias terapias estão surgindo na tentativa de retardar a progressão da doença. No momento, o tratamento é baseado no controle da dor e melhora da incapacidade funcional.

A infiltração não é um tratamento novo. Já é realizado há mais de 50 anos, e várias são as medicações que podem ser utilizadas. Já falamos sobre os glicocorticóides em outro artigo e nesse falaremos sobre a Viscossuplementação, em que se usa derivados do ácido hialurônico (AH).

  • Entenda porque é importante discutir todas as alternativas de tratamento com seu médico.

AH é um glicosaminoglicano natural e um componente do fluido sinovial. O fluido sinovial é o líquido viscoso e transparente presente nas articulações. Ele age na lubrificação e na absorção de choque  durante os movimentos. Tanto sua concentração como seu peso molecular diminuem nas articulações osteoartríticas. Ou seja, os portadores de Artrose possuem menos líquido ou um líquido menos viscoso em suas articulações. Desta maneira, o líquido sinovial acaba não desempenhando sua função plenamente.

O AH intra-articular pode restaurar a função do líquido sinovial, proteger contra a erosão da cartilagem e reduzir a inflamação. Pode ainda estimular a produção AH  pelos fibroblastos por muito tempo depois que o medicamento já deixou a articulação (fica por 2 – 3 dias). Além disso, tem efeitos analgésicos diretos e indiretos. Estudos mostram diversos benefícios, como melhora na função e na dor, além de maior tempo necessário para a artroplastia de joelho. 

O AH não só atua na dor, mas também promove um potencial efeito modificador de doença através da condroproteção.

Isso se dá através da redução da perda de proteoglicanos na cartilagem, evitando a apoptose (morte) dos condrócitos. E, por diminuir a inflamação, reduz a degradação do AH. Além disso, apresentam o benefício de combater a rigidez e melhorar a função articular. Esses efeitos são mais marcados na OA leve a moderada, apesar de também ser indicado na OA grave. 

Os principais efeitos adversos são locais e transitórios. São principalmente dor, inchaço e artralgia no local da aplicaçã. Mas, em geral, melhoram rapidamente.  Seus efeitos benéficos são tardios e começam a serem observados em 8 semanas e podem durar até 6 meses. Pode ser combinado com GCs, que por sua vez, apresentam um efeito mais precoce, de 1 – 2 semanas até 3 meses, e são importantes quando há derrame articular. O número de injeções depende do caso e das características da medicação.

A maioria das diretrizes considera a perda de peso (para obesos e com sobrepeso), exercícios e fisioterapia como medidas mais efetivas. Porém muitas vezes é necessário a redução da dor para por em prática essas medidas. Paracetamol tem pouco impacto na dor e nenhum na rigidez. AINEs têm impacto em ambos, mas com perfil de segurança preocupante. Opióides reduzem significativamente a dor, porém altera pouco a função e só podem ser usados por curtos períodos. Além de apresentar risco de vício.

Portanto, a Viscossuplementação (que é uma infiltração articular de derivados do AH) é, muitas vezes, a medida de melhor risco/benefício para o paciente.

Pois atua no controle da dor, apresenta melhora funcional e têm efeitos protetores. Também tem impacto importante na qualidade de vida e pode postergar a necessidade de cirurgia por vários anos. Por esses motivos, e por serem mais efetivos nas OAs mais iniciais, é considerado por muitos, como terapia válida de primeira linha. Principalmente em pacientes que não toleram ou não podem utilizar outras drogas.

A Autora:

Carolina Capovilla Monferrari é Médica Reumatologista (CRM 113000) formada pela USP, com residência em Reumatologia pela UNICAMP e Pós-Graduação em Geriatria e Gerontologia pela FMJ. Atende em Jundiaí na clínica Tertulia (11 3964 5888/ 11 93090 5888, contato@clinicatertulia.com.br).


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