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É normal sentir Dor? – Conceito de Dor Total

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Dor é uma experiência angustiante associada à lesão tecidual atual ou potencial com componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais. Essa definição de dor nos mostra características importantíssimas que devem ser avaliadas no paciente com dor.

A dor é uma experiencia pessoal, subjetiva.

O mesmo estímulo pode ser interpretado de diferentes formas por diferentes pessoas. Indivíduos, com diferentes biografias, apresentam diferentes limiares para dor. E isso se dá justamente por tais “componentes sensoriais, emocionais, cognitivos e sociais”. Esses componentes são os responsáveis pelo o que chamamos de Dor Total.

Ou seja, apesar de os fatores físicos que levam uma pessoa a sentir dor serem os mesmos, a intensidade desta dor é diferente para cada um de nós. E o impacto deste fator físico que gera a dor em cada um depende do momento atual de cada pessoa. Por exemplo, uma dor nos dedos dos pés pode ser suportável para uma bailarina durante um ensaio. No entanto, a mesma dor pode ser terrível para um jovem caminhando rumo a uma entrevista de emprego.

A Dor Total é a interpretação da dor por cada um. Essa interpretação, que é responsável pela intensidade da dor, acontece através de vários componentes sensoriais, sociais, emocionais e cognitivos.

Sabemos que a prevalência da dor é alta em pacientes geriátricos. Estima-se que 40% dos idosos tenham dor, chegando à 80% naqueles institucionalizados. Além disso, é possível que essa estimativa esteja subestimada pois existem várias dificuldades na avaliação da dor em idosos (dificil avaliação da dor em pacientes com demencia, grande variação entre os instrumentos de avaliação na literatura médica).

Além da alta prevalência, as conseqüências da dor em idosos é outro ponto importante. Existe associação entre idosos com dor crônica e desenvolvimento de síndrome da fragilidade. Isso mostra que, idosos com dor crônica tem maiores chances de quedas, perda funcional, desenvolvimento de sintomas depressivos e dificuldade de mobilidade.

Logo, para melhora a qualidade de vida nos pacientes mais velhos, é importantíssimo pesquisar se os mesmos apresentam dor e qual sua causa. Isso envolve não só o entendimento do complexo cenário médico desses pacientes mas o entendimento da individualidade dessas pessoas.

E novamente ressaltamos, dor não é sinonimo de envelhecimento normal!

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