Avaliações de saúde são necessárias em muitos casos.
Quando pacientes de idade mais avançada precisam se submeter a uma cirurgia, avaliações médicas se tornam ainda mais importantes.
Uma intervenção cirúrgica num idoso traz mais riscos de morte e complicações que num adulto mais jovens.
Nestes momentos, o Médico Geriatra desempenha um papel muito importante. Não somente na avaliação pré-operatória, como também acompanhando a evolução do estado cardíaco, pulmonar e cognitivo do paciente após a operação. Também é função do Geriatra sugerir métodos e procedimentos que diminuam os riscos durante a cirurgia.
As avaliações pré-operatórias mais importantes são:
- Avaliação Cardíaca: deve-se avaliar o risco de acidentes coronários (problemas com os vasos sanqüíneos que irrigam o coração). Há casos em que exames de imagem e provas de esforço podem ser requeridas pelos médicos. Os grupos de maior risco, que devem fazer avaliações mais completas são:
- Pacientes que se submeteram a procedimentos de revascularização nos últimos 5 anos.
- Pacientes com cardiopatia isquêmica.
- Avaliação Pulmonar: as complicações pulmonares mais comuns no pós-operatório são pneumonia e insuficiência respiratória (com necessidade de uitilizaçõa de ventilação mecânica). Os fatores de risco a serem controlados são:
- Anestesia com duração maior que 4 horas.
- Obesidade mórbida.
- Presença de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) ou Asma.
- Tabagismo, principalmente para quem fuma mais de 20 cigarros ao dia.
- Avaliação Cognitiva: delírio e confusão pós cirurgia são mais comuns em pacientes acima de 70 anos. Atingem principalmente pessoas com antecedentes de alcoolismo, com demência e/ ou com problemas de visão ou audição.
Para reduzir os riscos dos problemas mais comuns (descritos acima), pode-se adotar um tratamento pré-operatório com beta-bloqueadores. As drogas beta-bloqueadoras, como Atenolol, Metoprolol e Bisoprolol, são capazes de bloquear os receptores beta da noradrenalina. São medicamentos usados normalmente para controle da pressão arterial. Outro procedimento comum é o médico receitar um antibiótico alguns dias antes da cirurgia. Para pacientes asmáticos ou com DPOC, há a alternativa de tratamento profilático com broncodilatadores.
Parar de fumar (de 4 a 8 semanas antes da cirurgia) é bastante importante para evitar problemas pulmonares.
Fonte: Guía Práctica para La asistencia del Paciente Geriátrico, 3a edição.