DAC – Doença Arterial Coronariana é outra condição de saúde que tem prevalência aumentada em pacientes idosos. Isto é, trata-se de uma doença que é mais desenvolvida por idosos do que por pessoas mais jovens. Estima-se que 30% dos grandes idosos (mais de 80 anos) sejam portadores desta condição.
Pode-se definir DAC como a presença de lesões (placas de gordura) acima de 50% do diâmetro nas coronárias (as artérias que nutrem o coração).
Essas placas, à medida que se instabilizam ou ficam maiores, podem gerar sintomas, como dor torácica, intolerância aos esforços e falta de ar. Além de aumentar consideravelmente o risco de Infartos e risco de AVC – acidente vascular cerebral.
Existem inúmeras alterações do sistema imunológico que influenciam a inflamação do organismo (“inflamaging”). Além de hábitos de vida como o sedentarismo e má alimentação que contribuem para a formação destas placas de gordura. Ademais, devemos lembrar que há todo o acúmulo de fatores de risco que “facilitam” o desenvolvimento desta condição nas idades mais avançadas.
Nos idosos, é frequente que os sintomas relacionados à DAC sejam atípicos. Isto é, diferentes dos sintomas apresentados por pessoas mais jovens. Isso dificulta o diagnóstico dessa condição. Não necessariamente o idoso com DAC irá reclamar de dor no peito. Mas sim de tontura, fadiga e falta de ar.
Testes e exames diagnósticos para esta condição, bem como tratamento, são temas de extensa discussão que abordaremos em outros textos. Mas já vale ressaltar que, em idosos, essa discussão se torna mais complexa. Pois, mais de 50% dos estudos clínicos que avaliaram o tratamento da DAC, não tem suficiente representação dessa faixa etária. Ou seja, idosos muitas vezes são excluídos dos grandes estudos, tornando mais difícil a interpretação de evidências científicas no campo da Cardiogeriatria.
Se você tem mais de 60 anos e sente falta de ar, tontura e/ou fadiga, procure um bom Geriatra!
