O fator de risco mais importante para o desenvolvimento da Doença de Alzeheimer (DA) é a idade. Quanto maior a idade, maior a probabilidade de adquirir a doença.
Não se sabe exatamente o porque a idade é o fator de risco mais importante.
Mas, todos os órgãos, a partir dos 30 anos de idade, começam a perder 1% de função ao ano. Também o cérebro perde milhões de neurônios à medida que envelhecemos. Consequentemente, perdemos sinapses. Esta teoria sobre a perda funcional de todos os nossos órgãos diz que, se todas as pessoas alcançassem os 105 anos, todos teriam DA. Assim como a capacidade funcional dos pulmões acabaria aos 120 anos.
Fato é que as perdas naturais do envelhecimento contribuem para o desenvolvimento da Doença de Alzheimer em pessoas mais velhas. Alterações anatomopatológicas como a formação das placas senis e emaranhados neurofibrilares são as principais.
Quando Alois Alzheimer descreveu a doença, sua paciente mais importante em seus estudos tinha 51 anos. E faleceu com 55 anos. Na época a expectativa de vida era 45 anos. Isto significa que as pessoas não envelheciam. A descrição da doença ficou esquecida até por volta dos anos 1980, quando a expectativa de vida aumentou e mais casos foram diagnosticados com mais frequência. A população começou a envelhecer e a doença passou a ser mais comum.
Hoje classificamos Doença de Alzheimer de acordo com a idade do paciente. Falamos de DA de início precoce (quando a doença começa com menos de 65 anos) e DA de início tardio (quando começa depois dos 65 anos). A DA de início precoce, normalmente, tem evolução mais rápida do que a de início tardio. Mas não existe uma regra matemática nessa ordem. A teoria para explicar isso se baseia no fato de que pessoas mais velhas teriam uma reserva cognitiva maior enquanto as que tem a sua doença abaixo dos 65 anos tem uma reserva cognitiva menor. Reserva cognitiva são todos os conhecimentos e capacidades acumuladas no decorrer da vida. Assim, as alterações patológicas surgem mais cedo levando à instalação dos sintomas.
A terapêutica medicamentosa é a mesma independentemente da idade. Isto é, tanto na DA de início precoce quanto na de início tardio usam-se os mesmos remédios. A eficácia da resposta depende da precocidade do diagnóstico e do início do tratamento. Os médico vai adaptanto o tratamento de acordo com a evolução da doença e conforme os sintomas vão aparecendo.
A diferença entre a pessoa mais jovem e a mais idosa é que é mais provável que a mais velha apresente outras doenças concomitantes. Por isso, fez uso de vários outros medicamentos. Desta maneira, pode ocorrer interações medicamentosas, assim como reações adversas e mesmo iatrogenia o que pode limitar o uso desses medicamentos.