Cuidados paliativos são uma modalidade em saúde que vem evoluindo nos últimos anos.
Atualmente, têm-se discutido novos procedimentos para intervenção e tratamento de diversos tipos de doenças. Por meio de novas tecnologias e qualificação de profissionais da saúde capacitados para diagnosticar e melhor atender o paciente, temos conseguido aumentar a expectativa de vida. Esse melhor atendimento que buscamos para os nossos pacientes visa a otimizar a qualidade de vida. Não queremos simplesmente prolongar a vida.
Mas, quando a doença é incompatível com a vida, será que estamos preparados para lidar com a morte?
Muito se discute sobre como ter qualidade de vida. Mas, também devemos nos preocupar com a qualidade da morte. Mesmo com doenças que aproximam o fim da vida, há muito trabalho pela frente.
No que se refere às doenças terminais, os cuidados paliativos podem focar o alívio da dor, minimizando o sofrimento, tanto do paciente quanto de sua família (se possível).
Os cuidados oferecidos a pacientes com doença terminal é uma especialidade denominada Cuidados Paliativos.
Os cuidados paliativos são cuidados prestados geralmente no fim de vida, tanto para o paciente quanto para os seus familiares, que vivenciam, muitas vezes, o luto antecipatório. O objetivo é aliviar o sofrimento físico, mental e social. Cuidados paliativos são oferecidos por médicos, psicólogos, fisioterapeutas, dentre outros profissionais, mediante a um curso de especialização nesta modalidade.
Hoje em dia, existe o conceito de cuidados paliativos não terminais. Estamos falando de cuidar de pessoas que sofrem de algum problema de saúde que vai levá-las à morte em período mais longo. Por exemplo, idosos em fases finais da doença de Alzheimer, que já estão acamados e se alimentam exclusivamente por sonda. Pessoas assim, podem viver por vários meses, ou até anos. São pessoas que necessitam de cuidados de uma equipe multi-profissional de saúde, assim como suas famílias.
O foco dos Cuidados Paliativos é oferecer alívio da dor. Muitas vezes essa dor não é só física…
Também estamos falalndo da dor que vai além do corpo. Pensar na morte faz muitas pessoas buscarem o significado de tudo o que viveram e porquê estão passando por isso. Por essa razão, muitos pesquisadores têm discutido a respeito do impacto da espiritualidade (e de orações/prece) para a saúde física do ser humano. Estudos apontam que mais de 90% dos brasileiros acreditam em uma divindade superior (Almeida et al., 2006; Faria & Seidl, 2005; Peres et al., 2007), sendo possível verificar consequências da religiosidade na saúde mental (Dalgalarrondo, 2006).
É notória a importância da espiritualidade e religiosidade em casos de doença terminal na família. Em enfermidades crônicas e incuráveis, como as doenças neuro-degenerativas, é comum os pacientes procurarem métodos alternativos como complemento ao tratamento clínico. Indícios apontam que a espiritualidade parece estar relacionada a capacidade de lidar melhor com uma condição de doença incurável. A espiritualidade tem uma ação benéfica na qualidade de vida do paciente. Estudos apontam que apresentam melhoras mesmo em quadros depressivos.
Não importa a religião que seguimos. O importante é desenvolver a espiritualidade para amenizar a dor de uma doença ou familiar doente.
Para os católicos e simpatizantes, temos um texto muito bonito escrito por um monge beneditino.
Em se tratando de tantas alternativas para se driblar o processo de envelhecimento e buscar uma melhora na qualidade de vida dos idosos, considero pertinente o assunto acima tratado. Como estudante de Psicologia e cuidadora de idosos, sou extremamente fascinada pelo tema. Só tenho a agradecer a contribuição e o carinho no compartilhamento dos conhecimentos.