Uma das conseqüências da evolução da demência é a progressiva perda da capacidade de comunicação. Isso acontece com qualquer “tipo” de demência, inclusive aquela causada pela Doença de Alzheimer.
Portanto, comunicar-se com uma pessoa com Alzheimer já em estado moderado e avançado requer que a nossa própria capacidade de comunicação seja aprimorada. Além de paciência, precisamos melhorar nossa capacidade de ouvir com todos os nossos sentidos. Muitas vezes, é necessário se esforçar para entender o que o portador de demência quer dizer. Mesmo que ele não consiga se expressar em palavras.
Um bom exemplo para ilustrar este tema é a questão da dor. Como sabemos que nosso familiar com Alzheimer está com dor e a dor é real?
O primeiro passo para melhorar o nosso dia-a-dia convivendo com um portador de Alzheimer ou outra doença demencial é assumir que pode haver problemas de comunicação com este familiar. Você já pensou que ele pode não estar entendendo o que você quer dizer? Ou ainda, que você pode não estar entendendo do que seu familiar precisa? Mesmo quando nosso familiar ainda demonstre períodos de lucidez…
Por isso, é importante conhecer algumas alterações que podem acontecer em decorrência da doença. Abaixo, seguem alguns exemplos. Nem sempre todos eles vão acontecer, muito menos ao mesmo tempo. Mas, notamos que a capacidade de comunicação da pessoa com demência está mudando quando:
- Surgem mais dificuldades que o usual para encontrar as palavras “corretas”.
- Começam a repetir muito um mesmo termo/ expressão/ palavra.
- Os nomes dos objetvos começam a ser substituídos pela descrição de sua função.
- É comum perder a linha de raciocínio durante uma conversa.
- Aparecem dificuldades em ordenar as palavras em uma frase de maneira lógica.
- Voltam a falar apenas seu idioma nativo (no caso de pessoas que falam mais de 1 idioma).
- Falam menos.
- E gesticulam mais.
Lembre-se que agressividade, ansiedade e agitação são sintomas comportamentais que podem ser contornados com uma comunicação mais efetiva com portadores de Alzheimer. Assim, escute com os ouvidos, os olhos, o coração e com sua intuição.
Fonte: Alz.org
É isto mesmo. Eu costumo identificar problemas pela fisionomia deles. Tristeza, incômodo, dor, decepção, são facilmente detectados , é observação e sensibilidade.