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Parkinson

O Comprometimento Cognitivo no Parkinson

Juliana Martinelli
Última atualização 21 de agosto de 2018 21:22
Por Juliana Martinelli
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3 Min
comprometimento cognitivo no parkinson.
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O comprometimento cognitivo no Parkinson (DP) é heterogêneo. Há variações em sua gravidade, de progressão e domínios cognitivos afetados.

Estamos falando de alterações cognitivas sutis a déficits importantes. Isto é, comprometimento cognitivo leve (CCL) em que os déficits cognitivos ocorrem, mas não perturbam a vida diária, ou a demência (DDP). Em casos de demência, o grau e a variedade de déficits cognitivos afetam substancialmente o dia-a-dia, tornando os pacientes dependentes.

O comprometimento cognitivo no Parkinson aumenta o risco de conversão para demência. Ou seja, portadores de Parkinson com CCL tendem a desenvolver DDP. Mas, há evidências de que a CCL nem sempre evolui para demência.

Através de avaliações longitudinais, verificou-se que alguns indivíduos permanecem estáveis ​​como CCL. Outros, ainda, voltam à cognição normal. Assim, a progressão para demência não é inevitável. Mas ocorre em cerca de 80% dos pacientes com DP, especialmente naqueles com mais de 20 anos de doença. Ou seja, apesar de a demência na DP não ser regra, a maioria dos pacientes desenvolvem este problema.

Fatores de risco para DDP incluem idade avançada, idade mais avançada do início da doença, reserva cognitiva limitada, alucinações e disfunção da marcha predominante. Isto é, quanto mais velha a pessoa diagnosticada, maior risco de demência causada pelo Parkinson. Quanto menor seu nível de escolaridade, que determina o tamanho da reserva cognitiva, também maior o risco de DPP.

Déficits cognitivos tipicamente afetam as funções executivas, a atenção, a visão visoespacial e velocidade de processamento. Entretanto, o padrão de comprometimento é variável. Não apenas na medida em que domínios cognitivos são afetados, mas também quais domínios são afetados primeiro. Algumas pessoas com comprometimento cognitivo no Parkinson podem ter maiores déficits de memória do que disfunção não amnésica (que não envolve perda de memória). A heterogeneidade na apresentação e evolução do prejuízo cognitivo ainda não são totalmente compreendidos. Mas pode refletir, em parte, influências de patologias co-mórbidas como a doença de Alzheimer (DA) ou doença cerebrovascular. Outros fatores, bem como genética, ambiente e reserva cognitiva, entre outros, também influenciam.

Por causa destas diferenças, formulou-se uma hipótese sobre dois subtipos cognitivos distintos da DP. O primeira de perfil frontostriatal/ executivo associado a depleção de dopamina interagindo com um genótipo específico. Não necessariamente progride para demência. O segundo perfil de disfunção é caracterizado por déficits na linguagem, semântica, fluência e orientação visuoespacial. Está associado com DA, transmissores não dopaminérgicos e apolipoproteína. Porém, devemos reforçar que isso ainda é uma hipótese sem comprovação total.

 

Fonte: Revista Nature

 

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