Os Intestinos serão o tema de hoje sobre a série de artigos sobre envelhecimento o sistema digestório e suas conseqüências para nossa vida diária.
Já falamos de Esôfago, Estômago, Fígado e Pâncreas.
Os Intestinos são grande parte do canal alimentar, local em que tudo o que ingerimos é digerido. A anatomia divide os intestinos em Delgado (dividido em duodeno e jejuno-íleo) e Grosso. Sua principal função é absorção de água e nutrientes (como açúcares, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais).
No Intestino humano, há um sistema de simbiose. Lá, vivem incontáveis espécies de bactérias que desempenham funções importantes em nosso organismo. Atualmente, este “ecossistema” microscópico é conhecido como Microbioma Intestinal.
Após passar pelo estômago, o bolo alimentar chega ao intestino delgado, onde continua o processo digestivo.
Até hoje, não se sabe muito sobre o envelhecimento do intestino delgado. Apesar de haver uma diminuição da motilidade (movimento próprio dos intestinos), não se pode afirmar que os alimentos permaneçam mais tempo neste órgão. Há estudos que demonstram que o tempo de trânsito intestinal é praticamente o mesmo em jovens de 16 a 25 anos e em pessoas com mais de 60 anos. Apesar disso, há teorias (ainda não comprovadas) expressando que esta redução de motilidade esteja relacionada à proliferação bacteriana. Este aumento da população de bactérias do Microbioma Intestinal, por sua vez, estaria relacionado à perda de peso em pessoas mais velhas.
A função de absorção de açúcares e proteínas é pouco alterada. A absorção de lipídeos (gorduras) sofre pequena redução. Mas, nunca foi demonstrado que esta redução cause prejuízos ao estado nutricional do idoso. Já a absorção de vitaminas e minerais (principalmente vitamina D, ácido fólico, vitamina B12, cálcio, cobre, zinco) é reduzida com o envelhecimento. A menor absorção de vitamina D, quando associada a outros fatores, pode favorecer o desenvolvimento de osteoporose.
Sobre o envelhecimento do Cólon, também conhecido como Intestino Grosso, não se tem muito conhecimento. Sabe-se que, com a idade, há aumento de casos de constirpação, câncer e doença diverticular (quando há herniação da mucosa por entre as fibras musculares da parede intestinal, isto é quando pequenas partes da mucosa são deslocadas e se projetam através da parede da cavidade que contém, que é a túnica muscular).
Portanto, ainda há muito o que se entender sobre este tema. Mas, até o momento, o envelhecimento saudável dos intestinos não prejudica a qualidade de vida dos idosos.