Estamos vivendo uma transformação na pirâmide etária da população. No mundo todo, o número de trabalhadores com mais de 60 anos cresce. Entre tantas discussões em torno deste assunto, é interessante abordar a qualidade de vida das pessoas mais velhas no trabalho. Em 2013, 8.2% da força de trabalho brasileira já era composta por pessoas idosas. Crescimento de 12.6% versus 2012.
Primeiro, vamos lembrar que chamamos de “idoso” qualquer pessoa com 60 anos ou mais de idade. Independetemente de sua condição de saúde, o Estatuto do Idoso no Brasil classifica pessoas à partir de 60 anos de idade como idosas.
Este aumento é explicado, em parte, pela manutenção da capacidade de trabalho dos idosos. Os esforços por um envelhecimento saudável contribui para a manutenção ou menor deterioração da saúde durante a vida adulta. Conseqüentemente, muitas pessoas continuam se sentindo dispostas para continuar trabalhando por mais tempo.
Mas, ao mesmo tempo, é de conhecimento geral que muitas doenças tem a idade como fator de risco importante. Diabetes Mellitus, Osteoporose, Câncer e outras doenças têm incidência maior em pessoas idosas. Por isso, é importante que haja investimento de todos na promoção de saúde e qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Há estudos que sugerem 4 níveis de medidas para promover a qualidade de vida no trabalho.
O Primeiro Nível diz respeito a medidas em que o próprio trabalhador se responsabiliza por sua saúde. Estamos falando de cuidados com alimentação e praticar atividades físicas regularmente, por exemplo. O Segundo Nível visa ao monitoramento do estado de saúde físico e mental do trabalhador. O objetivo é detectar precocemente qualquer problema de saúde. Assim, otimizar os resultados aos tratamentos indicados. Neste nível, estamos falando de entrevistas e exames físicos, análise dos dados de absenteísmo e agravos, etc. O Terceiro Nível é um conjunto de medidas que envolvem ações diretas sobre as condições físicas e ambientais do posto de trabalho. Estamos falando de Ergonomia. Por último, o Quarto Nível prevê desenvolvimento de habilidades através de qualificações e treinamentos.
Portanto, ter saúde e se sentir bem para continuar trabalhando após os 60 anos é excelente. Mas devemos buscar, junto aos empregadores, as medidas necessárias para a manutenção e melhora da qualidade de vida no trabalho.
Gostei muito do texto.