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Idosos > Blog > Bem Estar > Saúde > Tratamento não cirúrgico da OA: Manejo da dor Parte 2
Saúde

Tratamento não cirúrgico da OA: Manejo da dor Parte 2

Juliana Martinelli
Última atualização 24 de setembro de 2019 23:29
Por Juliana Martinelli
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3 Min
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Como visto no artigo anterior, a osteoartrite (OA) é uma doença progressiva crônica de alta morbidade, diminuindo de maneira importante a qualidade de vida. O tratamento medicamentoso clínico é baseado no controle da dor e diminuição da progressão da degeneração articular. Quanto ao controle da dor, vimos que as medicações de primeira linha são os analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).

Agora falaremos sobre as opções caso o paciente não responda adequadamente ao tratamento de primeira linha.

Tramadol

Os opioides fracos como o Tramadol podem ser usados em cursos curtos.  O Tramadol é um analgésico sintético, com ação central, com propriedades opióides. Ele tem uma pequena mas significante eficácia no alívio da dor, redução de rigidez e melhora da função, com consequente melhora do bem-estar geral. Quanto aos efeitos adversos, ele raramente causa depressão respiratória ou a dependência física comumente associada aos opióides convencionais. Também não tem os efeitos cardiovasculares e gastrointestinais dos AINEs. Contudo, ele tem uma série de efeitos mais leves, como náuseas e dor de cabeça, desestimulando seu uso. Isso leva a resultado ruim e frequentemente o paciente descontinua esta medicação. As formulações de liberação lenta podem melhorar a tolerabilidade e reduzir a incidência de efeitos adversos.

Duloxetina

Antidepressivos como a duloxetina vem sendo usados como tratamento de dor crônica porque atuam alterando neurotransmissores centrais de dor. A dor da OA tem componentes inflamatórios e de sensitização. Estudos evidenciaram não só melhora da dor com a Duloxetina como também menor necessidade de medicações analgésicas adicionais. Ela é em geral bem tolerada, sendo a maioria dos efeitos adversos leves ou moderados, como náusea, sonolência, palpitação, tosse, boca seca. Não se deve, porém, esquecer que ela tem interação com várias medicações, como as que inibem a recaptação de serotonina, como Sertralina, Fluoxetina etc. Também não deve ser associada ao Tramadol.

Pregabalina

Pregabalina é um derivado do neurotransmissor GABA, como a Gabapentina, usada para tratar epilepsia e dores crônicas. Seu papel na OA se tornou de interesse pelo seu potencial de inibir a sensitização da dor. É muito efetiva, principalmente se combinada com AINEs. Os principais efeitos colaterais são a sonolência, confusão mental, dor de cabeça e boca seca, geralmente diminuindo com o tempo de uso.

Essas medicações costumam ser bem toleradas e seus efeitos colaterais são dose dependente. São válidas no tratamento da dor da OA quando as medicações de primeira linha são inefetivas ou insuficientes. São, porém, medicações controladas, que podem apresentar interações com outras drogas e necessitam de prescrição e acompanhamento médico.

A Autora:

Carolina Capovilla Monferrari é Médica Reumatologista (CRM 113000) formada pela USP, com residência em Reumatologia pela UNICAMP e Pós-Graduação em Geriatria e Gerontologia pela FMJ. Atende em Jundiaí na clínica Tertulia (11 3964 5888/ 11 93090 5888, contato@clinicatertulia.com.br).

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