preservativos e a terceira idade

Adultos Mais Velhos Não Usam Preservativos

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Na semana passada, falamos sobre os fatores que contribuem para o aumento dos índices de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) em adultos com mais de 60 anos. Sabemos que não usar preservativos em relações sexuais é o principal problema.

Mas, mesmo sabendo dos riscos, por que pessoas mais velhas não usam preservativos?

Os fatores mais importantes para a baixa adesão ao uso de preservativos são:

  • Menor preocupação com a concepção.
  • Dificuldades com o manuseio do preservativo.
  • Piora do desempenho sexual.
  • Incapacidade de mulheres idosas em negociar o uso de preservativo.
  • Estabilidade do relacionamento.
  • Submissão ao companheiro.

Somam-se a esses fatores as crescentes exposições as situações de risco, tais como:

  • Aumento da taxa de divórcios.
  • Viuvez.
  • Procura por parceiros sexuais na internet.
  • Aumento do turismo sexual.

Os aspectos socioculturais que são tidos como risco para os casos crescentes de DST/HIV são:

  • Muitos idosos não se consideram em risco.
  • Não possuem consciência das complicações de uma infecção.

Mas, os profissionais de saúde também contribuem quando deixam de ofertar os testes. Muitos não consideram o diagnóstico por não reconhecerem a sexualidade dessa população. E ainda, as campanhas de prevenção e promoção a saúde relacionadas às DSTs geralmente omitem ou não são relacionadas a população idosa.

No entanto, os preservativos são a maior arma contra o HIV.

O diagnóstico de HIV em idosos é feito quando eles procuram tratamento para uma doença relacionada ao vírus. Sabemos que 62% dos casos que levaram o idoso ao primeiro atendimento num serviço especializado em DST foi o encaminhamento pós internação. Os idosos apresentam com maior frequência AIDS no momento do diagnóstico da infecção pelo HIV do que os pacientes mais jovens (36% versus 5%).

Em idosos é importante diferenciar as condições relacionadas à idade e ao vírus ou a ambas. A maioria dos sintomas físicos relacionados à infecção pelo HIV são: fadiga, falta de ar, dor crônica, perda de peso, anorexia, alteração de memória, depressão e erupção cutânea. Todas estas síndromes podem ser relacionadas apenas ao processo do envelhecimento. É difícil pensar em vírus HIV como um fator causal. Da mesma forma, acontece com as infecções bacterianas como pneumonias ou infecções por herpes vírus, inclusive o herpes zoster. Podem ser identificadas como doenças da idade e serem tratadas sem uma conexão com o HIV.

Mas, o diagnóstico precoce em adultos mais velhos é fundamental. Pois, apresentam uma evolução mais rápida da doença.

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