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Nutrição

O sabor dos alimentos muda com o nosso envelhecimento?

Ana Letícia Moraes
Última atualização 8 de março de 2017 21:49
Por Ana Letícia Moraes
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4 Min
temperos para melhorar o sabor
Para reforçar o sabor dos alimentos, devemos adicionar diversos temperos e evitar o sal
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Alguns idosos, a partir de 70 anos, perdem a sensibilidade ao sabor e ao cheiro dos alimentos.

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Na senescência (processo de envelhecimento normal), ocorrem certas alterações fisiológicas de forma lenta e gradual. Por causa delas, 30% dos idosos entre 70 e 80 anos pode experimentar perda de paladar ou olfato. E

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Alguns idosos, a partir de 70 anos, perdem a sensibilidade ao sabor e ao cheiro dos alimentos.Estratégias que trarão mais sabor e propriedades funcionais ao alimento:

sta diminuição da percepção do alimento não apenas diminui o prazer da alimentação, como altera a fase cefálica da digestão. Significa que o período no qual o cérebro, através dos aromas captados pelos nossos receptores olfativos durante a preparação e apresentação do alimento para consumo, orquestra uma série de comandos ao nosso trato gastro-intestinal para que este se prepare para receber o alimento (como estimular a produção de ácido clorídrico no estômago, a liberação de saliva na boca e o aumento da motilidade intestinal).

Com a impressão de que o alimento em geral está mais “sem graça”, muitos idosos aumentam a utilização de sal para conseguir sentir algum sabor. Porém, o consumo elevado de sal pode levar a desequilíbrios hídricos no corpo. Isso potencializa algumas condições muitas vezes já presentes na vida do idoso, como hipertensão arterial e insuficiência renal.

Para aumentar a palatabilidade da comida, a recomendação é tirar o saleiro de cima da mesa.

Estratégias que trarão mais sabor e propriedades funcionais ao alimento:

  • Ervas aromáticas: podemos preparar uma mistura de temperos naturais. Bater no liquidificador ervas secas como orégano, manjericão, alecrim e salsão até virar pó e guardar num pote de vidro ou até num saleiro. Pode-se usar tanto no preparo da comida como no tempero do prato já pronto. Varie as ervas para não ficar monótono;
  • Temperos frescos: sempre observando como o organismo recebe esses alimentos, o uso de cebola, alho, gengibre, cúrcuma e pimentas é muito bem vindo. Quando refogados numa gordura, liberam seus componentes de sabor e aroma, enchendo a cozinha com suas ricas notas olfativas. Também podem ser usados crus como tempero de saladas e sopas. Salsa, cebolinha e outras ervas frescas também são sempre bem vindas;
  • Gorduras mais palatáveis no preparo do alimento: sempre como parte de uma dieta equilibrada e se o idoso não possuir nenhuma restrição alimentar específica, as gorduras são muito bem vindas. E, se bem toleradas, podem ser um aporte energético extra importante para o idoso. Além disso, nosso corpo foi projetado para buscar gordura e temos muito prazer com elas. Bons exemplos que trazem muito sabor ao prato são o azeite, o óleo de coco, a manteiga, o ghee (tipo de manteiga indiana clarificada – boa opção para quem tem restrições à lactose) e o óleo de dendê. Utilizados como parte das preparações, agregam sabor e muitas propriedades interessantes à dieta;

Além dessas medidas, é importante que o idoso participe das suas escolhas alimentares e do preparo do alimento. Pois, além de nutrir o corpo, o alimento nutre a alma, desde o seu preparo até a sua partilha à mesa com pessoas que nos são queridas e próximas.

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PorAna Letícia Moraes
Ana Letícia Moraes é especialista em Fisiologia Humana e Nutrição Desportiva pelo Instituto de Biologia da UNICAMP e chef em alimentação viva pelo Living Light Health Institute, Califórnia – EUA. Possui cursos em Longevidade, Modulação do Envelhecimento e Diabesidade. Atualmente cursa o 4º ano de Nutrição na Faculdade de Ciências Aplicadas da UNICAMP.
2 Comentários 2 Comentários
  • Vanda olivia da Silva disse:
    2 de janeiro de 2020 às 11:49

    Sou cuidadora tenho uma senhora de 104 anos.O que devo da nas três refeições.

    Responder
    • Juliana Martinelli disse:
      6 de janeiro de 2020 às 13:05

      Não podemos sugerir um cardápio sem conhecer o paciente. Mas, lembre-se que uma pessoa deve ter café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Portanto, são 5 refeições.
      Todas elas devem ser balanceadas contendo alimentos ricos em proteínas, carboidratos, gorduras, fibras, vitaminas e minerais. Para um cardápio específico, é necessário consultar um Nutricionista.

      Responder

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