Recentemente, o Óleo de Coco ganhou fama. Primeiramente, era utilizado apenas em produtos cosméticos e de beleza. Depois, sua ingestão passou a ser recomendada por muitos.
Mas quais são os benefícios (e malefícios) reais da ingestão regular de óleo de coco?
A informação mais importante sobre o óleo de coco está relacionada ao risco de doenças cardíacas. Uma dieta rica em gorduras saturadas está relacionada ao aumento dos níveis de colesterol sangüíneo. E, conseqüentemente, ao maior risco de infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. O óleo de coco é composto majoritariamente (87%) por gordura saturada. Apenas 2 colheres de sopa deste óleo contém mais gordura saturada que o recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para ingestão diária.
Considerando ainda que pessoas mais velhas têm risco aumentados de apresentar doenças cardíacas, não recomendamos que o óleo de coco seja incluído na dieta de pessoas com mais de 60 anos.
Sobre ajudar a perder peso, melhorar o sistema imunológico e melhorar sintomas de Alzheimer: não há evidências científicas.
Em relação às possíveis melhoras em pessoas com Alzheimer, nada está comprovado. Sabe-se apenas que uma dieta rica em ácidos graxos essenciais (como o grupo de ômega-3), vitaminas e minerais potencializa as funções cerebrais. Estes nutrientes estão almplamente presentes em grãos integrais, peixes mais oleosos (como salmão e truta), frutas e vegetais. Óleo de coco não possui quantidades maiores destes nutrientes que os alimentos citados, mesmo nas versões virgem e extra-virgem.
As afirmações que relacionam melhoras em quadros de Alzheimer ao óleo de coco são grosseiras. Estas afirmações, sem nenhum acompanhamento médico ou científico foram baseadas em relatos de alguns familiares. Após esta polêmica, entrevistas mais profundas com estas famílias concluiu que houve um efeito “placebo”.
Portanto, uma dieta variada, composta em grande parte por grãos integrais, frutas, verduras e incluindo peixe ao menos 1 vez por semana, é mais eficiente para manter o cérebro saudável. Mesmo para as pessoas com Alzheimer, os riscos de consumir óleo de coco regularmente são comprovados. Enquanto os possíveis benefícios nunca foram.
Nunca vi tanta informação pretensamente científica. Já se sabe, por estudos randomizados, que gorduras saturadas em nada causam problemas cardíacos e aumento de colesterol ruim. Que desserviço.