Pessoas acometidas por qualquer tipo de Demência (entre elas a Doença de Alzheimer) geralmente sofrem alguns sintomas psicológicos e comportamentais. Até 80% dos pacientes, durante a evolução da doença, sofrem de Apatia, Depressão e/ou Agitação e Agressividade.
Também é podem ocorrer alucinações (principalmente visuais), delírios (confundir cônjuge com outra pessoa, acusar pessoas de roubo, etc), distúrbios alimentares (tanto compulsão por comer como perda de interesse por alimentos) e alterações no sono.
O diagnóstico destes sintomas normalmente são realizados através de questionários. O mais utilizado, em especial na Doença de Alzheimer, é o Inventário Neuropsiquiátrico. É composto de perguntas que formam uma entrevista pré-estabelecida a ser feita com os familiares e cuidadores. Cada um dos 12 sintomas avaliados recebe uma pontuação de acordo com sua freqüência e intensidade de ocorrência. Chega-se com isso numa “nota” dada ao paciente. Esta nota é utilizada pelo médico para receitar o tratamento.
Outra ferramenta bastante comum é o BEHAVE – AD. Nos mesmos moldes do Inventário Neuropsiquiátrico, possui 25 perguntas divididas em 7 categorias que são feitas em forma de entrevista dos familiares/ cuidadores. As respostas recebem uma nota e a pontuação final ajuda o médico a receitar o tratamento. A pontuação segue o seguinte: 0 = ausente, 1 = presente, 2 =presente acompanhado de componente emocional, 3 = presente e acompanhado de componente emocional forte e/ou componente físico. Exemplo: na avaliação de agressividade, pergunta-se se há explosão verbal. As respostas podem ser não (ausente = 0), sim (=1), sim e com raiva (=2), sim, com raiva e sendo dirigida claramente a outras pessoas (=3).
Conheça também as escalas utilizadas para medir a evolução do Mal de Alzheimer.
Estes distúrbios, quando aparecem e não são controlados ou tratados, afetam muito a família e principalmente o cuidador. Por isso, é importante que um médico geriatra acompanhe a evolução do paciente e seja sempre informado sofre alterações comportamentais. Um paciente com tratamento médico adequado ajuda a melhorar a qualidade de vida de toda a família.
O tratamento destes sintomas é iniciado buscando os possíveis fatores que desencadeiam o comportamento e corrigindo estes fatores. Por exemplo, alterações na rotina (como mudar o horário do banho do período da manhã para o período da tarde) ou mudanças de ambiente (colocar uma cômoda no quarto) podem provocar agitação. Se possível, devem voltar a ser como antes.
Em seguida e dependendo da intensidade dos sintomas, recomenda-se prática regular de exercícios físicos, banhos de sol pela manhã e educação do cuidador.
Quando é necessário, o médico receita um tratamento farmacológico com medicamentos dependendo do dignósticos dos sintomas. Geralmente, usa-se anti-depressivos, anti-psicóticos, inibidores da colinesterase e memantina.
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