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Demências e Alzheimer

O Primeiro Caso Estudado de Doença de Alzheimer

José Eduardo Martinelli
Última atualização 29 de março de 2018 23:35
Por José Eduardo Martinelli
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3 Min
primeiro caso de alzheimer
Alois Alzheimer: o primeiro caso estudado foi de uma mulher.
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August D, que sempre foi uma mulher saudável, educada e um pouco tímida, foi internada no Hospital Municipal de Lunáticos e Epilépticos de Frankfurt em 25 de novembro de 1901. Ela tinha 51 anos. Foi o primeiro caso estudado e definido da Doença de Alzheimer.

Nunca antes esteve enferma. Aparentemente era feliz. Estava casada desde 1873 e era mãe de uma filha sadia. Nunca abortou.

Seu marido contou que os problemas haviam começado 6 meses antes. Uma súbita e escandalosa crise de ciúmes. Sem nenhuma razão concreta, começou a afirmar que seu marido estava “tendo um caso” com a vizinha. Em seguida veio a perda progressiva de memória. Tudo isso fez o marido procurar atendimento médico para a esposa.

No 37o Encontro de Psiquiatras do Sudoeste da Alemanha, em 3 de novembro de 1906, Alois Alzheimer apresentou o caso de August D. Este primeiro caso iria dar início a uma das maiores descobertas da Medicina.

O título do trabalho da apresentação deste primeiro caso foi: “Uma doença peculiar dos neurônios do córtex cerebral”.

Tratava-se de uma mulher de 51 anos de idade que começou a ter crises de ciúmes infundados de seu marido como primeira manifestação da doença. Logo, ficou muito aparente uma perda progressiva de memória. Não encontrava o caminho para voltar para a casa e se perdia na rua. Levava seus pertences pessoais daqui para lá e os escondia em locais inapropriados. De vez em quando, acreditava que alguém queria matá-la e gritava muito alto.

No hospital, aparentava estar totalmente indefesa e desorientada no tempo e no espaço. Em certas ocasiões, comentava não saber o que dizia. Era como se fosse uma outra pessoa que estava lá apenas de passagem. Dizia que não era capaz de melhorar essa falha e pedia desculpas por ainda não ter terminado suas tarefas domésticas.

Por vezes, fazia um estardalhaço dizendo que o médico queria lhe ferir. Se retirava do local cheia de indignação e com expressão de medo. Acreditava que o médico havia tentado abusar sexualmente dela.

Com o passar dos anos, a perda progressiva de memória tornou-se o sintoma mais conhecido da Doença de Alzheimer. Porém, o primeiro caso estudado e publicado da doença, teve sintomatologia diferente. A psicose foi o primeiro sintoma.

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TAGGED:alzheimerciúmescrisedoençasintomas
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6 Comentários 6 Comentários
  • Maria Dirce do Prado Firmo disse:
    3 de abril de 2018 às 18:45

    É importante saber e como conviver com os portadores da doença!Muitas vezes apresenta sinais, disfarçamos e com medo de enfrentar a REALIDADE DEIXAMOS PASSAR E VAMOS PERDENDO A QUALIDADE DE VIDA!

    Responder
  • Marise dos Reis Montalvão disse:
    3 de maio de 2018 às 20:34

    Preciso aprender muito sobre a DA, minha mãe, 85, foi diagnosticada em janeiro e, a cada dia um sintoma diferente. Hoje, após o almoço a deitei, umas 2h depois ela me chamou e perguntou: “Estou de castigo?” Eu disse: ‘nao’ e ela continuou, “que horas vou tomar banho, café?” Fiquei arrasada, hoje ela não se lembra de nada que fozemos. Temo quando não se lembrar das pessoas…

    Responder
  • Sandra Santos disse:
    13 de junho de 2018 às 10:58

    Bom dia.
    Sei como é… estou com a minha mãe de 87 anos, e está na fase terminal.. Muito triste, mas não há o que fazer… a única coisa a fazer é pedir pra Deus… que tenha misericórdia… e para termos muita coragem… triste muito triste…

    Responder
  • Let disse:
    28 de junho de 2018 às 01:02

    Percebo que as medicações disponíveis não melhoram muito , ao contrário em alguns pacientes o quadro se agrava e cada vez fica impossível reverter. Falo isso porque meu marido foi diagnósticado com alzhamer há 5 anos . Começou tratamento com excelon adesivo na dose mínima.ao aumentar a dose como uma possível tentativa de controlar ou retardar a doença ,ele teve uma reação contrária,ficou muito pior.Entao resolvemos suspender a medicação e iniciando uma dieta e exercícios e terapia cognitiva com exercícios. Ele ainda dirige e atua não como antes na sua empresa contábil . Vai à academia a sozinho e realiza as suas funções rotineiras.existe sim uma queda acentuada da sua memória imediata ,apesar de toma há um ano e meio coglive de 8 ml e vitaminas.NAs vezes em que o medico aumentou a dose para 16 ele teve uma piora acentuada.entao retornamos a dose mínima. Não sei se valeria o risco de continuar tomando uma dose mais forte quando os resultados são tão prejudiciais.Fica esquecendo até mesmo onde está … tenho receio que isso torne irreversível caso não haja melhora.o medico geriatra quer muito aumentar a dose e retornar com o excelon.acredita que ele vai retardar a doença.mesmo com os sintomas acentuados ( tonturas,tremores,apatia e completo esquecimento)quando faz uso de dose mais forte. E qual a sua opinião ? Ele é revascularzado.3 safenas e 2 mamarias aos 52 anos. Hoje tem 73. Um outro neurologista diz que ele tem uma demência senil…não alzahamer ,por todo o histórico.

    Responder
    • Juliana Martinelli disse:
      28 de junho de 2018 às 15:33

      Muitos pontos a serem comentados: 1. Demência Senil é um termo antigo, que não se usa mais. Hoje, entende-se que uma pessoa não desenvolve demência simplesmente por envelhecer. Sempre há uma doença que causa a demência. É necessário que este neurologista dê o diagnóstico. Qual doença está causando a demência? 2. Alzheimer é irreversível. Os sintomas são controlados na medida do possível, por algum tempo. A doença sempre avança, sem volta. 3. Existem vairações entre as pessoas. Os medicamentos que estão no mercado (todos, para todas as doenças) são efetivos para a maior parte da população. Nunca para 100% das pessoas. Portanto, pode ser que o medicamento em questão realmente não faça efeito ou piore os sintomas do seu marido. Ele pode estar entre a minoria que sente mais os efeitos colaterais que os benefícios do tratamento medicamentoso. Mas não podemos ter certeza. 4. Quanto a deixar de tomar ou aumentar a dose, não podemos opinar. Seria necessário que um de nossos médicos conhecesse pessoalmente o paciente. Espero ter ajudado.

      Responder
  • vilma mandetta disse:
    20 de julho de 2018 às 13:39

    o importante é continuar tratando a pessoa com Alzheimer, como antes, o esquecimento, o delirio, as crises não serão lembrados por ela, esquecera rápido, mas sempre que for tratada diferente da forma que era tratada, fica deprimida, nervosa e acaba tendo atitudes de agressividade.

    Responder

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