Normalmente, o nível de atividade física na população idosa diminui com a idade. O que não afeta somente a intensidade do exercício, mas também a sua duração. Quanto mais velhas, as pessoas tendem a fazer exercícios mais leves e por menos tempo. Por exemplo, uma pessoa, aos 60 anos, que costumava caminhar de casa para o trabalho por 20 minutos todos os dias, se aposenta e não faz mais esta caminhada aos 65 anos. Ou então, o jogo de futebol aos finais de semana passam de 1 hora para 30 minutos de duração.
Isto acaba por contribuir para o surgimento de dificuldades na realização de tarefas diárias. Em conseqüência, na diminuição da qualidade de vida em decorrência de perdas funcionais. Este estado de inatividade física é considerado uma das principais causas de obesidade, mortalidade e incapacidade funcional na população idosa. Portanto, hoje, vamos falar sobre treinamento de resistência e como ele contribui para manter ou melhorar a qualidade de vida de pessoas mais velhas.
Um estudo comprovou o impacto da adesão a um programa de treinamento de resistência na composição corporal de idosos. Ou seja, comprovou os benefícios de se praticar atividades físicas regularmente, independentemente da idade.
O treinamento de resistência (que combina exercícios de força com exercícios aeróbicos) melhora a força muscular. Também contribui para a manutenção da autonomia funcional em pessoas com mais de 65 anos.
Assim como aumenta o gasto de energia, reduz a dificuldade de realizar tarefas diárias e induz mudanças na composição corporal. No curto prazo, um dos melhores investimentos que os idosos podem fazer para viver mais e ter vida ativa por mais tempo são as atividades físicas regulares aeróbicas e de fortalecimento muscular.
O objetivo principal do estudo foi analisar o efeito de um programa de treinamento de resistência (como musculação) na satisfação da capacidade física e psicológica do indivíduo.
Isto é, o quanto seu nível de autodeterminação influenciava em sua composição corporal (quantidade de músculos versus quantidade de tecido adiposo em kilogramas).
O estudo foi realizado com 47 voluntários (29 mulheres, 18 homens) de 67-75 anos de idade. Foram divididos em dois grupos: experimental e controle. Foi realizado um programa de intervenção de 12 semanas, com um total de 36 sessões de atividades físicas de resistência. Eram feitos 3 “treinos” semanais, às segundas, quartas e sextas feiras. Os resultados da análise intergrupos indicaram diferenças significativas no pós-teste.
O grupo experimental (que executou as atividades físicas) diminuiu significativamente sua porcentagem de massa gorda (tecido adiposo) e aumentou a massa muscular. Isso não aconteceu com o grupo controle. Peso corporal e os valores de IMC (Índice de Massa Corporal) aumentaram no grupo controle, enquanto diminuíram significativamente no grupo experimental.
Em conclusão, mudanças positivas significativas nos níveis físico, psicológico e social ocorreram. Um programa de treinamento de resistência motivacional pode melhorar a saúde de pessoas idosas.
Temos aí, outro estudo que demonstra como é importante criar a manter o hábito de se exercitar regularmente. Sua idade, não importa!
Fonte: Revista Nature.