Aprender é uma capacidade que o ser humano mantém por toda a vida. A educação é um processo contínuo e progressivo que só termina quando a vida acaba. E a escola é ainstituição encarregada formalmente pela educação. Juntando estas 2 idéias, a Universidade da Terceira Idade tornou-se um sucesso em nosso tempo.
Após muitas discussões e preconceitos transpostos, chegou-se ao modelo que temos atualmente. Hoje, entende-se que a educação contribui imensamente para a auto-realização do indivíduo. E é um direito do idoso. Não importa a idade, todos devem ter oportunidade de auto-afirmação e auto-realização em qualquer etapa da vida.
Assim, percebemos nitidamente a evolução da Universidade da Terceira Idade. A idéia de entreter o idoso, divertí-lo, de ocupar seu tempo livre foi substituída pela idéia de “servir de veículo para que o indivíduo, independentemente de sua idade cronológica, consiga manter seus níveis normais de funcionamento e desenvolvimento.”
Os programas educacionais para adultos mais velhos devem possibilitar inúmeros benefícios. O fortalecimento de laços intergeracionais é um deles. Assim como a autonomia de pensamento e capacidade de exigir seus direitos. Não menos importante, reforçar que ainda são membros úteis da sociedade.
Mas para que isso tudo esteja amplamente difundido na sociedade, é necessário uma mudança na atitude social dos próprios idosos. Infelizmente, ainda é fácil encontrar pessoas que se auto-limitam. A ambição por melhorar e aprender sempre precisa estar mais difundida entre aqueles com mais de 60 anos. Além disso, é necessário que estas pessoas reconheçam que vale e pena investir nelas mesmas. Investir tempo e dinheiro.
Assim, reconhecemos que a Universidade da Terceira Idade é uma iniciativa viva. Seu conceito evoluiu bastante desde seu surgimento e ainda vai evoluir mais. Porém, a sociedade como um todo, especialmente os próprios idosos, devem se desvencilhar de preconceitos em relação à velhice e o papel do idoso na sociedade.
Fonte: Livro “Velhice Bem Sucedida – Aspectos afetivos e cognitivos”, Anita Liberalasso Neri, Mônica S. Yassuda e Meire Cachioni. Campinas, 2004.