Antes de coisas que você precisa saber sobre adrenal, é interessante saber o que é adrenal.
Adrenal na verdade são adrenais! As glândulas adrenais são dois pequenos órgãos de poucos centímetros que ficam acima dos rins.
Também conhecida como glândula suprarrenal, a adrenal é um importante componente do sistema endócrino, sendo indispensável na sintetização de hormônios como o cortisol e androstenediona.
Além disso, a glândula adrenal é responsável por hormônios fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Como por exemplo a produção de epinefrina, conhecida como adrenalina, que é hormônio responsável em manter a mente em estado de alerta.
Pois eles preparam o organismo para a fuga ou luta.
A adrenalina aumenta o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea, em resposta ao estresse ou ansiedade. O fluxo sanguíneo para os músculos aumenta, a pele empalidece, as pupilas dos olhos dilatam e o fígado libera glicose no sangue. Estas alterações preparam o corpo para ação imediata.
A adrenalina também é utilizada para diminuir a absorção dos anestésicos locais, aumentando, assim, seu efeito e reduzindo o sangramento em pequenas cirurgias de pele ou odontológicas.
Portanto é uma glândula encarregada pela produção de alguns hormônios que controlam a pressão arterial, algumas características sexuais e respostas físicas ao estresse.
Pesquisando sobre o que se sabe sobre as glândulas adrenais, esbarramos em uma interessante publicação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Com a consultoria Dr. Leonardo Vieira Neto, o artigo coloca 10 coisas que você precisa saber sobre Adrenal. Nós separamos algumas aqui:
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As glândulas suprarrenais ou adrenal, como também são chamadas, são glândulas pequenas, componentes do sistema endócrino.
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Cada uma delas possui cerca de 5cm de diâmetro, sendo dividida em duas partes principais: uma camada externa, conhecida como córtex, e uma parte central, chamada de medula.
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O córtex da suprarrenal é responsável por sintetizar hormônios importantes no processo metabólico, como a aldosterona e o cortisol, além de alguns hormônios sexuais como a androstenediona, que pode ser convertido em testosterona no testículo ou ovário. A medula da suprarrenal produz noradrenalina e adrenalina, denominadas catecolaminas
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A adrenalina e a noradrenalina são hormônios importantes na ativação dos mecanismos de defesa do organismo, diante de condições de estresse, tais como emoções fortes, infecções, doenças graves, entre outros.
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A adrenalina e/ou noradrenalina ainda podem ser utilizadas como medicamento no tratamento do estado de choque ou hipotensão.
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A aldosterona produzida pelo córtex controla a retenção de sódio e excreção de potássio. Enquanto o cortisol, outro hormônio produzido pelo córtex, atua principalmente no metabolismo dos açúcares e lipídios, além de ativar o sistema imunológico e participar na resposta do organismo ao estresse.
Também podemos ressaltar alguns distúrbios da glândula adrenal. Que podem envolver deficiência ou produção excessiva de hormônios.
Entre as doenças associadas a distúrbios na produção de hormônios na glândula suprarenal estão a Doença de Addison, a Síndrome de Cushing e o Feocromocitoma.
A insuficiência adrenal, conhecida como doença de Addison, pode ser fatal e os pacientes necessitam fazer uma suplementação hormonal. Os tumores benignos, que se originam do córtex da glândula suprarrenal, são frequentes, mas o carcinoma que se origina do córtex da suprarrenal é bastante raro.
Os tumores que se originam da medula, parte mais interna da suprarrenal, são denominados feocromocitomas e produzem catecolaminas.
A Doença de Addison, também conhecida como insuficiência suprarrenal crônica ou hipocortisolismo, é uma rara doença endocrinológica. Ela progride lentamente e os sintomas podem ser discretos ou ausentes até que ocorra uma situação de estresse.
A Síndrome de Cushing é uma doença endócrina, causada por níveis elevados de cortisol no sangue.
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço.
Ocorre, também, afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura e, consequentemente, fraqueza muscular, que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local.
Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer.
Feocromocitomas e paragangliomas são tumores secretores de catecolaminas e associados a um elevado risco cardiovascular. Costumam se originar da medula adrenal (os feocromocitomas) ou dos gânglios ao lado da coluna vertebral (paragangliomas).
Os sintomas mais comuns são: fadiga crônica, com piora progressiva; fraqueza muscular; perda de apetite; perda de peso; náusea e vômitos; diarréia; hipotensão, que piora ao se levantar; áreas de hiperpigmentação (pele escurecida); irritabilidade; depressão; vontade de ingerir sal e alimentos salgados; e hipoglicemia (esse sintoma mais frequente em crianças).
Quanto à produção excessiva de hormônios, o quadro clínico depende do tipo de hormônio envolvido.
Vale salientar que, além das glândulas endócrinas, temos alguns órgãos que atuam de maneira secundária como órgãos endócrinos. Isso ocorre porque esses órgãos apresentam a capacidade de produzir hormônios, mas essa não é sua principal função.
Podemos observar células e tecidos endócrinos, por exemplo, no estômago, fígado, coração, timo, rins e intestino delgado.
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