A Doença de Alzheimer tem início insidioso. Ou seja, é difícil determinar quando a doença começa com exatidão pela natureza de seus sintomas.
Essa patologia acomete sobretudo o público idoso. Infelizmente é incurável e se agrava com o tempo.
Trata-se de uma doença, cheia de particularidades.
A doença de Alzheimer é caracterizada por um acúmulo de placas de proteína amilóide e emaranhados neurofibrilares no cérebro.
A amilóide é uma proteína que se acumula no cérebro durante o envelhecimento.
Porém, nos portadores de Alzheimer, este acúmulo é muito maior se comparado com pessoas que não desenvolveram a doença.
O depósito de proteína amilóide acontece nas regiões corticais do cérebro em forma de placas extracelulares ou com acúmulo nas paredes vasculares.
No entanto, muitos medicamentos que reduzem os níveis da proteína amilóide no cérebro não conseguem evitar que os sintomas da DA apareçam.
Por isso, parte dos cientistas passaram a prestar mais atenção à proteína Tau.
Nos portadores de Alzheimer, observa-se que o acúmulo da proteína Tau atrapalham estas estruturas. Pois faz com que elas colapsem em emaranhados.
Já se observou que os sintomas de Alzheimer aumentam na mesma taxa em que a proteína Tau se acumula.
Também se sabe que a proteína Tau acumula-se rapidamente nos cérebros dos portadores da Doença de Alzheimer assim que os sintomas começam a aparecer.
Mas ainda não se sabe ao certo qual sua relação com a doença.
A Doença de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva, pois ocorre perda gradual de neurônios em certas regiões do cérebro.
Como por exemplo o hipocampo que controla a memória e o córtex cerebral que é essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.
Conforme evolui, diminui a autonomia e a independência da pessoa
- que apresenta deterioração cognitiva e da memória de curto prazo,
- comprometimento progressivo das atividades de vida diária
- e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.
Os principais fatores que contribuem para a Doença de Alzheimer acontecer são:
Fatores genéticos
É o menos significativo para contribuir com a doença.
Fatores ambientais
Tratam-se:
- nível educacional,
- hipertensão,
- tabagismo,
- depressão,
- obesidade,
- consumo excessivo de álcool,
- deficiência auditiva,
- diabetes,
- isolamento social,
- trauma crânio-encefálico
Fatores Epigenético
Fatores externos que interferem na expressão dos genes, como por exemplo:
- Exercício físico,
- estilo de vida,
- estresse,
- alimentação
A doença de Alzheimer é uma demência muito comum e limitante.
Quando Alois Alzheimer descreveu a doença, sua paciente mais importante em seus estudos tinha 51 anos. E faleceu com 55 anos. Na época a expectativa de vida era 45 anos.
A descrição da doença ficou “esquecida” até por volta dos anos 80. No entanto, com a evolução da longevidade, muitos casos de pessoas idosas com síndromes demenciais começaram a surgir nesta época.
Até então, essas síndromes eram erroneamente considerados pelos médicos uma síndrome com perdas cognitivas e transtornos comportamentais próprias do envelhecimento.
Atualmente a Doença de Alzheimer é classificada de acordo com a idade da pessoa.
Falamos de Alzheimer de início precoce quando a doença começa com menos de 65 anos. E de início tardio quando começa depois dos 65 anos.
Hoje a Doença de Alzheimer é diagnosticada majoritariamente de maneira clínica. Isto é, através de testes neuro-psicológicos e avaliação médica.
Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, a tomografia computadorizada ou preferencialmente a ressonância magnética são exames obrigatórios.
Mas você sabia que estes exames são mais importantes para descartar outras doenças do que para o diagnóstico propriamente dito da Doença de Alzheimer?
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