Idoso com pseudo-demência depressiva

5 Diferenças entre Pseudo-demência da Depressão e DA.

em Cabeça/Demências e Alzheimer por

A pseudo-demência depressiva é um problema importante, mas pouco conhecido.

A Depressão pode produzir a pseudo-demência, que é caracterizada por disfunções cognitivas como problemas de memória, diminuição da velocidade de reação, comprometimento do raciocínio e da função executiva. Normalmente, estes défcits são suaves. Mas, em 20% dos casos de idosos com depressão, estes sintomas podem ser confundidos com Doença de Alzheimer (DA).

Também conhecida como síndrome demencial da depressão, atinge 10% dos pacientes admitidos em centros psiquiátricos.

A pseudo-demência depressiva pode ocorrer com vários tipos de depressão. É comum na depressão bi-polar, depressão maior ou depressão com elementos de transtorno de caráter. As pessoas que sofreram depressão grave na juventude também podem apresentar a síndrome demencial da depressão quando mais velhas.

O diagnóstico da pseudo-demência depressiva é o mais freqüentemente confundido com diagnóstico da doença de Alzheimer (DA). Por isso, é importante entender as principais diferenças entre os sintomas destas duas síndromes:

  1. O início da depressão é agudo, ou seja, repentino. A DA tem início insidioso (demoramos a perceber, é traiçoeiro, enganoso).
  2. As pessoas deprimidas normalmente discutem abertamente seus problemas cognitivos. Os portadores de DA tendem a negar ou minimizar os problemas.
  3. Os défcits de memória dos pacientes com depressão, na maior parte das vezes, está relacionado à falta de atenção e conseqüente armazenamento e organização das informações falhos. Os défcits de memória do paciente com DA está relacionado ao esquecimento rápido da informação.
  4. Em atividades de cognição, os pacientes deprimidos cometem erros por omissão. Nas mesmas atividades, os pacientes com DA cometem erros de incumbência. Ou seja, erros na tarefa propriamente dita. Por exemplo: somando vários números, o paciente depressivo não soma todos os números, mas “acerta” a conta dos números que efetivamente somou. O paciente com DA, soma errado todos os números.
  5. Apraxia, anomia ou agnosia são comuns à DA, mas muito raros à depressão.

O diagnóstico correto garante o tratamento adequado para cada doença. Tratando acertadamente a depressão, os sintomas cognitivos desaparecem. Isto é, a pseudo-demência é curada e o paciente volta a ter funções cognitivas normais.

Já a DA é uma doença sem cura. O tratamento acontece com o objetivo de manter a qualidade de vida do paciente o maior tempo possível. Porém, o comprometimento cognitivo continua avançando apesar do tratamento.

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Fonte: Clinical Symposia. Vol 48, #3. William W. Pendlebury e Paul R. Solomon.

2 Comments

  1. […] Não se assuste se tais dados te causam surpresa. De fato, as doenças psiquiátricas ainda são negligenciadas e não é diferente na geriatria. Especialmente o Transtorno Depressivo ainda enfrenta muito preconceito: “é frescura”, “amanhã ela estará mais animada”, “daqui a pouco passa”, etc. Além disso, o Trasntorno Depressivo pode levar o idoso a um quadro de pseudo-demência, facilmente confundido com a doença de Alzheimer. […]

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