Você sabia que existe um termo que define o medo de cair?
Quando apresentamos um medo que interfere e pode vir a condicionar nossa vida, deixa de ser medo “natural” e passa a ser fobia.
Portanto, a diferença entre medo e fobia está aqui:
- O Medo
É considerado uma emoção básica, ou primária, de adaptação do homem frente a situações de ameaça ou perigo enfrentadas ao longo de sua história evolutiva. Consequentemente, esse estado emocional é universal, ou seja, é compartilhado entre pessoas de todas as culturas.
- A Fobia
É definida pela presença de ansiedade clinicamente significativa provocada pela exposição a uma situação ou objeto que frequentemente conduz a pessoa a evitar qualquer situação relacionada. Ademias, existem tanto fobias específicas, quanto complexas!
Então a fobia é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo irracional de uma situação, atividade, lugar, objeto ou animal, mesmo que isso não represente qualquer perigo. Ou seja, a ansiedade que uma pessoa fóbica sente é desproporcional à circunstância em si.
Além de que o desenvolvimento de fobias pode estar ligado:
- à interação entre fatores genéticos e ambientais,
- a condicionamentos,
- a eventos negativos relacionados a uma situação ou objeto,
- a mudanças no funcionamento do cérebro
- a experiências traumáticas vividas na infância.
Em vista disso, quando uma pessoa deixa de sair de casa ou caminhar sem um apoio por medo de cair, chamamos de Ptofobia. O medo de cair pode chegar ao ponto de a pessoa ter receio até de ficar de pé.
“O medo de cair, também chamado de Ptofobia é considerado no meio científico, um importante problema de saúde para a população idosa desde os anos 80.
Este sintoma está presente na Síndrome pós queda, mas idosos que não caíram também podem apresentar a fobia.
Pessoas que sofreram quedas tendem a ter mais medo de cair e com isto aumentar mais a chance de cair novamente, como um ciclo vicioso.”
Afirmou Gabriela Correia de A. Goldstein.
Por isso é considerado um problema de saúde geriátrica por influenciar negativamente a qualidade de vida das pessoas mais velhas. Especialmente precisa de mais atenção quanto a objeto de estudo sobretudo tratando das consequências psicológicas – e fisiológicas – associadas.
Como consequência da Ptofobia, a pessoa se torna insegura, sua motivação e confiança são abaladas com o medo de assumir a postura em pé ou andar. Além de que a pessoa idosa começa a evitar situações desafiadoras. Assim, infelizmente, a pessoa deixa de desenvolver estratégias de superação de limitações e começa a perder autonomia e independência.
E o medo de cair pode causar casos mais graves que pode levar
- ao isolamento social,
- ansiedade,
- depressão,
- prejuízos na marcha
- e no equilíbrio causando novas quedas.
Além do mais, sua causa é multifatorial, relacionada a associação de vários agentes como
- alterações da mobilidade,
- declínio da funcionalidade,
- quadro intenso de dor,
- problemas no equilíbrio,
- aumento da fragilidade,
- depressão,
- fatores ambientais,
- baixa qualidade de vida
- institucionalização
- histórico de quedas
Portanto a Equipe de Saúde pode utiliza ferramentas que avaliam a intensidade do medo para auxiliar no planejamento do tratamento!
Para terminar, um conselho importante: quando for a um geriatra peça para fazer uma avaliação global, incluindo funções cognitiva!
Aproveite para conferir como minimizar os riscos de quedas!