Doenças cujo fator de risco mais importante é a idade começaram a surgir recentemente. São as doenças crônico-degenerativas como a demência e a Doença de Alzheimer, a Doença de Parkinson, os Acidentes Vasculares Encefálicos (AVE), o infarto agudo do miocárdio, etc…
A transição epidemiológica foi a maior responsável pelo surgimento destas doenças.
Esta transição ocorreu quando as doenças infecto-contagiosas e parasitárias passaram a ser controladas. Vacina, antibióticos e antiparasitários salvam muitas vidas.
Jovens e crianças deixaram de morrer por doenças como sarampo ou difteria por exemplo e a expectativa de vida começou a aumentar. Hoje, no Brasil, a expectativa de vida ao nascer é de quase 74 anos para homens e 78 para mulheres. Em 1940, a expectativa de vida em nosso país era de apenas 45 anos.
Com isso, aconteceu uma transição demográfica. Passamos de altas taxas de fecundidade e de mortalidade para baixa fecundidade e baixa mortalidade. O que transformou a pirâmide etária de 1940 em um retângulo em 2020. Isto é, nascem menos pessoas, morrem menos pessoas jovens e a população de pessoas acima de 60 anos cresce.
Assim, acreditamos que, se uma pessoa preenche os “pré-requisitos” para tomar uma vacina, ela deve sim tomá-la. Mesmo quando se trata de uma pessoa com Doença de Alzheimer ou outro quadro de demência. O Geriatra é capaz de indicar vacina contra gripe, pneumonia e outras.
Conheça as vacinas recomendadas para adultos com mais de 60 anos.
As doenças infecciosas começaram a ser melhor controladas e, dentre elas, a Pneumonia Bacteriana. Quando sabemos de um caso de falecimento de uma pessoa na faixa de 65 anos por pneumonia, começamos a nos questionar o motivo deste trágico desfecho. Já que hoje dispomos de uma quantidade e variedade de antibióticos que combateriam a bactéria evitando a morte. Não estamos mais acostumados a aceitar esse diagnóstico como causa de óbito. Provavelmente, esta pessoa teria comorbidades (outras doenças) que teriam dificultado a resposta ao medicamento escolhido. Estas comorbidades poderiam ser Diabetes Mellitus, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, insuficiência hepática, etc.
As pneumonias passaram novamente a ganhar destaque entre as principais causas de morte de idosos recentemente. Principalmente, quando estes idosos são portadores de doenças neuro-degenerativas, como todos os tipos de demência, especialmente, Mal de Alzheimer, Doença de Parkinson ou Acidentes Vasculares Encefálicos.
O agente etiológico (bactéria) mais frequente nas pneumonias adquiridas na comunidade, em qualquer faixa etária, é o Streptococos pnemoneae, também conhecido como pneumococos. Possui várias cepas, ou seja, variações, sendo que algumas são muito mais agressivas que outras. As mais agressivas podem levar a uma série de complicações, como abcesso cerebral e meningite. Mas, normalmente, responde bem ao tratamento antibiótico.
Hoje, dispomos de vacinas contra o pneumococo. São 23 cepas combatidas, dando boa proteção contra a infecção por essa bactéria. São necessárias 2 doses em intervalo de 5 anos para a imunização satisfatória (quase 100%). Esta vacina está disponível em postos de saúde. Na rede privada, existe uma versão desta vacina em dose única.
No caso de pessoas idosas, um médico deve prescrever a vacina. Somente um profissional da medicina pode avaliar os riscos e os benefícios para cada caso. Principalmente, quando se trata de idoso com problemas respiratórios.
Porém, há outras bactérias que podem causar Pneumonia como a E. coli e a Klebsiella pneumonie entre outras. Portanto, não se deve descartar a possiblidade de desenvolver a doença, mesmo tomando a vacina.
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Tenho DPOC, tenho tomado a vacina contra gripe, q já tem me ajudado bastante, pois qqr gripe forte acaba fazendo pneumonia…gostaria de tomar a vacina, mas se ela não atende à todas as bactérias…infelizmente não ajuda muito…apesar de mesmo assim ser de grande valia!
Oi Valéria,
Converse com o seu médico. Ele é a melhor pessoa para avaliar os benefícios e os possíveis riscos da vacina no seu caso!
Senhores< Senhoras, boa tarde. É apenas um Comentário, um "desabafo". Meu Pai Vacinou a Pneumococo 13 conjugada em 2013, vacinou a Pneumococo 23 em abril de 2017, Vacinou a Tetravalente em abril de 2017. Fazia Fisioterapia Cardíaca duas vezes por semana, Fisioterapia Vestibular duas vezes por semana e Fisioterapia Respiratória duas vezes por semana, na melhor e mais bem equipada Clinica de Belo Horizonte. Fazia também, em casa quatro nebulizações com Atrovent por dia. Fazia uso de Maresis 4 vezes por dia, Noex duas vezes por dia e Relvar uma vez por dia. Consultava com Cardiologista de 3 em 3 meses (considerada a melhor cardiologista de Belo Horizonte), com o Clínico (considerado e mais famoso de Belo Horizonte, 3 vezes por ano, e com o Pneumologista 3 vezes por ano. Sem desmerecer ninguém, tudo particular. Não Compreendi "Foi a Óbito em um CTI DE UM HOSPITAL DE REFERENCIA de Belo Horizonte, de Pneumonia e Septo. Pergunto, "Meu pai não deveria estar IMUNIZADO pelo menos quanto ao SEPTO?" Atenciosamente. Helênio
Septicemia é uma infecção generalizada. Não existe vacina contra isso.
Minha mãe tem 71 anos, saudavel, apenas com pressão alta mais controlada.
Nunca tomou vacina contra pneumonia.
Seria recomendavel que ela tomasse?
A da gripe ela toma todos os anos.
Mas fico em duvida se deveria tomar a pneumonia ou não.
Não podemos dar uma opinião sem que um de nossos médicos conheça a paciente pessoalmente. Por favor, procure um Geriatra.
Tomei a Pneumo 13, por indicação de minha médica, e agora deveria tomar a Pneumo 23; entretanto, já estive duas vezes no Einstein para tomar a Pneumo 23, porém, fui informada que estão em falta. Será que enviando meu email, eu poderia ser informada quando chegasse essa vacina? Grata pela atenção.
Sugiro que peça para o próprio Einstein avisar a senhora. Normalmente, demora algum tempo para que a vacina seja distribuída após a liberação do novo lote.