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Idosos > Blog > Bem Estar > Saúde > Cabeça > Demências e Alzheimer > Identificando a Dor no Portador de Alzheimer
Demências e Alzheimer

Identificando a Dor no Portador de Alzheimer

José Eduardo Martinelli
Última atualização 6 de julho de 2017 14:15
Por José Eduardo Martinelli
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3 Min
Idoso demente não consegue expressar a dor
Idoso com Alzheimer não sabe expressar a dor
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Dependendo do estágio da doença, pacientes com Alzheimer não conseguem expressar a dor.

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Atendemos uma paciente com DA que teve  um infarto agudo do miocárdio e não sabia dizer onde estava doendo (não conseguia localizar nem expressar a dor). O diagnóstico foi feito baseado nos outros achados clínicos e através de exames complementares. No memento da dor apresentou agitação psicomotora com um desassossego importante, andando pelo ambiente e não conseguindo sentar ou descansar.

Contents
  • Dependendo do estágio da doença, pacientes com Alzheimer não conseguem expressar a dor.
    • Queixa de dores ósseas e articulares são muito frequentes em pacientes com DA mais idosos.

Queixa de dores ósseas e articulares são muito frequentes em pacientes com DA mais idosos.

Essas dores são consequência da osteoartrose que compromete várias articulações. Entre elas joelhos, região coxo-femural (quadril), tornozelos e principalmente a coluna como um todo são afetados. Mas a maior intensidade e frequência do problema acontece na coluna, região lombo-sacra. Nesses pacientes vamos encontrar várias articulações deformadas pela doença (Osteoartrose) que causaram a diminuição de sua funcionalidade bem como sua locomoção. Essas queixas são condizentes com as alterações articulares comprovadas pelo exame físico e até por radiografias (ou por exames de imagem).

Porém, muito comumente, encontramos pacientes que não mostram lesões articulares difusas, mas a queixa de dor é muito importante. Mas não encontramos uma correspondência entre os achados radiológicos e a intensidade das dores. Percebemos que esses pacientes se fixam nessa dor e ficam repetidamente se queixando para os familiares. Os cuidadores e pessoas mais próximas chegam ao ponto de achar que as dores realmente existem e procuram assistência médica. Muitas vezes, os anti-inflamatórios são prescritos com alívio parcial dos sintomas.

Percebemos que se uma outra dor aparece aquela da qual se reclamava constantemente desaparece e essa segunda, passa a ser o motivo constante da reclamação. Muitas vezes, os portadores de Alzheimer queixam-se de dores e apontam para um determinado local do corpo. Se depois de alguns minutos perguntarmos novamente onde era a dor ele vai perguntar se ele tinha alguma dor ou vai apontar para um local totalmente diferente da primeira. Com frequência, utilizamos placebo para alívio dos sintomas. Colocamos em um copo com água 2 a 3 gotas de adoçante e dizemos que é um remédio novo e que é ótimo para as dores. Muitas vezes em menos de um minuto as dores já melhoraram.

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TAGGED:alzheimerarticulaçõesColunademênciadoençadorjoelhoosteoartroseplacebo
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22 Comentários 22 Comentários
  • Ezilma Ventura disse:
    8 de julho de 2017 às 08:43

    Adorei o artigo, muito esclarecedor. A minha mãe têm DA há 19 anos e a cerca de 3 anos é acamada. Ela já está ficando na posição fetal e temos muito cuidado, o banho é de leito e passamos sempre após o banho óleo nela (dersani), sempre fazendo mudança de decúbito e troca de fraldas com regularidade. Todos os dias colocamos ela sentada no sofá cercada com almofadas, travesseiros para apoiar, nunca teve úlcera de pressão. Ela não fala, não anda, não têm visão, teve 3 pneumonias e duas isquemias, sendo que uma delas paralisou o braço esquerdo, além de 3 infecções urinárias; têm uma prótese na perna direita pq quebrou o fêmur e devido à uma queda também fez uma cirurgia cerebral por causa de um coágulo. Mesmo com isso tudo ela está bem, graças a Deus não é diabética, hipertensa ou problema seja de estômago e/ou intestino e não faz uso de nenhum medicamento e a alimentação é através de mamadeira, pq achamos desnecessário fazer uma gastrostomia nela; e assim vamos levando o nosso dia a dia com muito amor, carinho e atenção com a nossa bebê!

    Responder
    • Marta Batista disse:
      13 de janeiro de 2018 às 03:46

      Qual a idade dela?

      Responder
  • Luci disse:
    8 de julho de 2017 às 10:56

    Muito bom o artigo, temos esse exemplo em casa com minha Mãe com 97 anos, e curo a dor com 1 copo de agua e açucar.

    Responder
  • Hildenice Oliveira disse:
    8 de julho de 2017 às 14:50

    Muito interessante pois não tinha noção , e agora consegui assimilar as dores que ele fica dizendo que tem. Muitíssimo obrigado.

    Responder
    • CHRISTIE MENDONCA disse:
      9 de março de 2018 às 21:37

      Meu avô esta com DA geme o tempo todo..não imaginava ficava louca aqui agora dou água e as gotas as dores amenizam..ele esta começando a parar de falar e andar.. é uma doença triste…que Deus nos abençoe..e me dê forças cuido dele sozinha..

      Responder
  • Irenilda Pereira disse:
    6 de agosto de 2017 às 17:29

    A minha mãe reclama de dores também. Agora entendi o problema dela e vou dar água com adoçante, em vez de dipirona. Obrigada.

    Responder
  • Tânia Maria disse:
    5 de dezembro de 2017 às 22:32

    Dou água com adoçante pra minha paciente,pois a mesma queixa-se de muitas dores. Obrigada, artigo bem interessante.

    Responder
  • Maria Ângela disse:
    11 de janeiro de 2018 às 09:15

    Gostei do artigo. Tirou umas dúvidas que tinha.
    Minha mãe tem 92 anos e tem esse mal.
    Ela geme direto noite e dia, diz que dói, mas quando pergunta onde dói ela diz não sei.
    Ficamos preocupados.
    Mas agora sei que faz parte dessa doença.

    Responder
  • Marines subtil disse:
    16 de março de 2018 às 13:08

    Obrigada tirei uma dúvida minha mãe está com alzaimer se afogando muito cardíaca diabetes e complicado

    Responder
    • Juliana Martinelli disse:
      17 de março de 2018 às 10:15

      A Disfagia faz parte do envelhecimento normal de algumas pessoas… Veja o link: http://162.214.104.137/~wwidos/disfagia/
      E procure um médico ou fonoaudiólogo para diagnóstico correto e tratamento.

      Responder
  • Flávia disse:
    1 de abril de 2018 às 22:49

    Meu pai de 79 anos, sofreu um Avc, em dezembro de 17.
    Desde de então acelerou o Alzheimer de tal forma que ficou acamado…e tem hpn tbm.
    Ele tem mto soluço, e nenhum médico sabe dizer o motivo.
    Ele soluça e geme direto…
    Tô perdida, Pq não sei o que fazer…ele não fala mais

    Responder
  • Raquel silva disse:
    12 de abril de 2018 às 10:38

    A gente pensa que está sozinha nessas lutas da vida mas aí a gente lê um artigo desses e depois olha os comentários e de um certo modo isso nos fortalece e nos dá forças para continuar, pois não estamos sozinhos, milhares de pessoas estão nas mesmas condições que nós, é triste mas é a realidade. Temos de cuidar com muito amor e com muita qualidade de vida que for possível os nossos velhinhos.

    Responder
  • Zenas disse:
    22 de abril de 2018 às 22:43

    Eu e minha esposa cuidamos da minha mãe com quase 90 anos, ela está acamada precisa de cuidados o tempo todo , em alguns momentos fala bem em outros resmunga o tempo todo, não é fácil mas Deus nos paciência pra cuidar, esse post nos ajuda muita vendo pessoas que passam situações semelhantes.

    Responder
  • Ana disse:
    24 de maio de 2018 às 19:56

    Minha vó tem 91 anos após uma cirurgia no fêmur não para mais de reclamar de dor o tempo todo. A cirurgia já cicatrizou e, segundo o médico a dor não é da cirurgia. Ela reclama de dor dia e noite , mas em cada hora em um lugar diferente ou simplesmente diz que não sabe. Quando foi o placebo ela diz que
    dor melhora, mas ela não para de falar e gemer nenhum minuto. Muito dificil

    Responder
  • Anita disse:
    24 de junho de 2018 às 23:34

    Tenho pai e mãe com Alzheimer e meu pai reclama de dor na testa e tontura mas se chegar um parente ou amigo dele TD passa….e eu fico preocupada devido às queixas dele…… vou dar placebo daqui em diante…..e a mãe não fala não se mexe não ouve ….apenas abre e fecha os olhos e eu aprendi a decifrar seu rosto quando não está bem
    ..daí dou dipirona….. Minha prova e dupla.. tipo intensivao…. mas Deus é minha fortaleza e amo muito meus pais e farei TD pra ver eles dois bem…..abri mão da minha vida e vivo só para eles.

    Responder
  • Elizabeth Oliveira disse:
    10 de julho de 2018 às 01:07

    Meu marido foi diagnosticado com DA este ano, só que tanto ele e eu já percebiamos esquecimentos frequentes, insegurança, irritabilidade, depois que fomos a neurologista este ano, ela prescreveu remédios que o deixou bem mais calmo, mais fácil de lidar com ele. Mas percebí que agora vem se queixando muito de dores no ombro, tornozelo, pés, joelho, vou tentar dar a agua com o adoçante para ver como ele vai reagir. Hoje depois desse tempo todo lutando para que ele ficasse melhor, estou me sentindo mais tranquila, forte e equilibrada para percorrer com o máximo conforto e muito amor para dividir passando grande parte dessa segurança para ele.

    Responder
  • Nadja disse:
    27 de julho de 2018 às 20:07

    Minha mãe tem 90 anos, quebrou o fêmur a seis anos, no ano passado identificamos alzheimer. e a doença acelerou muito rápido. Hoje ela se encontra no último estágio. Sente dores, toma dipirona e até morfina, tem salivação, não fala, não engole, colocou uma sonda gástrica,posição fetal, geme o dia inteiro. Estamos num processo paliativo, com home care para nos dar suporte. Muito difícil ver esse sofrimento. Ela está nas mãos de Deus. Só ele pode determinar e nos da forças para suportar.

    Responder
  • Fernando Caruncho disse:
    21 de setembro de 2018 às 14:32

    Realmente ese artigo é de suma importância, cuido de minha esposa sozinho, ela tem DA há 19 meses, mas não sabe, pensa que é Depressão Sentimental, era uma mulher vaidosa, vestia muito bem, cabeleireiro 2 vezes por mês, manicura todas as semanas, perfumes importados, hoje nada disto existe, não quer absolutamente nada, 100% ociosa, memória atual já foi embora, antiga, sofre alterações, dores no braço, as pernas super fracas, tenho que a ajudar a deitar e levantar, anda com dificuldade, tem acompanhamento médico, tenho momentos que me sinto perdido, rezo, peço forças, sabedoria, resignação, fé, calma, compreensão e etc, era muito agressiva, sou Espírita, hoje ela está muito bem calma, porém envelhecendo drasticamente. Mas sinceramente, estou com um pouco de receio do futuro, estou posso dizer, sozinho.
    Émuito duro ver a mulher que você ama se desintegrando assim, são 54 anos de convivência, com muito amor, carinho, dedicação, respeito, muitos anos de felicidade.
    Acredito e muito em Deus, N.Sra e os Guias Espirituais.

    Responder
  • Soraia Cristina disse:
    22 de janeiro de 2020 às 09:11

    Minha tem 84 , se queixa de dores no local da cirurgia, (trepanação e drenagem), ela pode estar neuropata, pois tem calafrios constantes,pressão normal, não tem diabetes.Paracetamol com codeína não tem efeito.O que posso fazer ?

    Responder
    • Juliana Martinelli disse:
      22 de janeiro de 2020 às 12:42

      Procurar um médico.

      Responder
  • APARECIDA disse:
    22 de agosto de 2020 às 18:14

    Meu Pai tem 84 anos, e esta na fase avançada do alzheimer, reconhecemos as dores pela impaciência, pois ele ja não fala e o corpo fica todo duro.

    Responder
  • Monica disse:
    15 de novembro de 2020 às 10:07

    Moro com uma tia que tem 92 anos, não precisa de nenhum cuidado, não tem nenhuma dor e tem uma memória incrivelmente boa, não toma remédios, somente uma vitamina para os olhos pois está perdendo a visão. É o ser mais curioso da face da terra e agora anda viciadinha no Facebook. Ela é uma pessoa incrível, sempre foi!
    Mas a curiosidade dela às vezes me sufoca um pouco, não posso dar um passo, mesmo dentro de casa que ela quer saber onde vou e fazer o que etc.
    Ela geme o tempo todo,não de dor,faz hum..hum…hum o dia todo como se estivesse marcando compasso e às vezes penso que vou enlouquecer!!
    Lendo os comentários todos, sei que devo é agradecer pela saúde e lucidez dela e aprender a lidar com o meu stress! Obrigada a todos pelos depoimentos.

    Responder

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