Quando James Parkinson descreveu a doença, sua monografia apresentada na academia de medicina recebeu o nome de “Paralisia Agitante”. Pois, apesar da rigidez muscular, que é um dos três sinais cardinais da doença, o paciente apresentava tremores. O nome “Paralisia” foi dado pela rigidez que deixava o paciente com movimentos reduzidos. E “Agitante” foi o adjetivo escolhido por causa dos tremores.
A tríade sintomática clássica da Doença de Parkinson é:
- Presença de tremores.
- Bradicinesia (lentidão de movimentos)
- Rigidez muscular
A maior preocupação de um idoso que começa a apresentar tremores de extremidades (membros superiores – mãos e braços) é que ele esteja desenvolvendo a Doença de Parkinson. Temos a impressão de que o tremer das mãos seja o sintoma mais importante desta doença.
Mas, na verdade, 30% dos pacientes com Parkinson não apresentam tremores.
Estas pessoas desenvolvem uma forma da doença chamada rígida-acinética. Se nos basearmos apenas nos tremores para fechar o diagnóstico, vamos deixar de tratar 30% dos pacientes com a doença.
Os tremores, quando presentes, apresentam algumas características marcantes:
- Têm um certo ritmo, de maneira que as mãos fazem um movimento repetitivo que parece o de contar dinheiro ou rolar uma pílula.
- São assimétricos. Isto é, comprometem predominantemente um membro em relação ao outro. Por exemplo, vemos um tremor evidente apenas na mão direita. A esquerda quase não treme, ou vice-versa.
- Vão atingindo outros membros com a progressão da doença. Primeiramente, o outro braço começa a tremer e, apenas em fases muito avançadas, acomete pernas e região mentoniana (boca). A cabeça não é acometida por esse sintoma.
- É tremor de repouso. Aparece quando os músculos estão relaxados.
- Acentua-se em situações de stress, nervosismo e emoções fortes.
Veja aqui algumas recomendações para o dia-a-dia do paciente com Parkinson.
Tremor pode ter várias causas. Desde envelhecimento comum, passando por abuso de álcool, a tumor cerebral.
Caso você tenha, ou conheça alguém com tremores que não desaparecem com o tempo, é importante consultar um médico.
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Minha mãe toma Prolopa desde 2010. Já passou por dois Neurologistas e eu perguntei pros dois se além do Alzheimer ela também tinha Parkinson.
Os dois responderam que não. Segundo eles, ela apresenta “sinais Parkinsonianos”, comuns a idade. Ela tem 90 anos e apresenta tremor na boca. Está bem melhor agora, com o tratamento.
Tremor pode ocorrer também com o Parkinsionismo Demência Corpos de Lewy, com menos freqüencia que no Parkinson.
Um canal como o de voces se torna muito importante para informações preliminares. Parabens pelo seu trabalho.