Iatrogenia é o termo utilizado para qualquer manifestação clínica que não seja conseqüência natural da doença do paciente, durante o tratamento. Também é definida como o efeito resultante de qualquer atividade, de uma ou mais pessoas atuando como profissionais de saúde que não apóiem uma meta da pessoa afetada. Estes profissionais, muitas vezes, estão promovendo produtos ou serviços de saúde sem ter conhecimento completo da situação de saúde do paciente.
Assim, pode-se entender a Iatrogenia como uma alteração patológica indesejada, provocada por qualquer tipo de tratamento.
A iatrogenia costuma estar relacionada com a reação adversa a medicamentos (RAM). Trata-se de uma resposta nociva e não intencional ao uso de um medicamento que ocorre em associação a doses normalmente empregadas para profilaxia, diagnóstico e tratamento. Por exemplo, em decorrência da interação medicamentosa, a pressão arterial pode abaixar repentinamente, causando tontura e queda.
Os idosos em geral estão mais propensos à iatrogenia já que costumam ter uma polifarmácia. Isto é, em decorrência de diversas comorbidades, muitos remédios são usados diariamente para tratamento destas diversas doenças. Por exemplo, um adulto com 80 anos pode ser hipertenso, diabético, ter níveis de colesterol acima do recomendado e sofrer de osteoporose. Além disso, de vez em quando, tem azia e sofre com fortes dores de cabeça. E ainda escuta de familiares que deveria começar a tomar vitaminas para melhorar a memória. Pois bem, neste exemplo, o risco de iatrogenia é enorme. Além dos medicamentos receitados pelos médicos, há auto-medicação.
Desta maneira, os idosos que utilizam multi-medicação, podem sofrer, em decorrência das interações medicamentosas, com:
- Confusão mental e/ ou distúrbio cognitivo,
- Hipotensão arterial (pressão baixa),
- Insuficiência renal aguda.
Idosos com mais de 85 anos, com 6 ou mais condições crônicas simultâneas (tomando muitos medicamentos diferentes diariamente), com baixo peso corporal são mais susceptíveis ao risco de interações medicamentosas indesejadas. Mas também pessoas obesas, com insuficiência renal ou hepática e que sofrem de doença demencial.
Por isso, recomenda-se fortemente que um idoso NUNCA seja medicado sem consultar um médico. Mesmo que seja uma simples aspirina para dor de cabeça. Também devemos evitar chás e outras formas de fitoterápicos sem que o médico seja avisado. Estas “soluções naturais” também possuem princípios ativos que podem interagir com os medicamentos. Por último: cuidar da alimentação. A má alimentação pode potencializar efeitos adversos de medicamentos.
Fonte: Manual Prático de Geriatria. 2a edição.
Juliana, noto que após tomar a ultima dose do Eliquis as 20 horas, tem apresentado hiportemia e hipotensão. No caso a paciente toma o medicamento 2xdia
Além de dexametozona e anticovulsivo (Dekaprene). A hipotermia e hipotensão sempre no período da noite pode ser iatrogenia?
Não podemos responder sem conhecer o paciente. Por favor, procure o médico dele.
fonte?
A fonte está no final do texto.
[…] podem ajudar a reduzir o risco de Iatrogenia em […]
[…] uso prolongado das drogas analgésicas, resultando em efeitos colaterais indesejados. Isso é especialmente preocupante na população idosa, que geralmente tem várias doenças associadas e que tomam diversas […]
O núcleo familiar da minha mãe: pai/mãe, irmã e ela, “traduzem” a questão medicamentosa X longevidade! Minha mãe e meu avô, não chegaram aos 80 anos, usando medicamentos alopaticos! Já minha avó chegou aos 87 anos e minha tia aos 91 anos, focados na alimentação e homeopatia! Se eu fosse aceitar sugestão médica estaria Já com uma “farmacinha”. Consigo “driblar” prescrição por ser paciente hepato congênito!