Já tivemos a oportunidade de falar sobre a sexualidade durante o envelhecimento. Sabemos que a idade não é um limitante para a atividade sexual. Mas, o que acontece com o casal quando um dos 2 é acometido por uma doença demencial? Como fica o sexo e a satisfação sexual?
Diversos estudos sobre o tema, indicam que a atividade sexual diminui ou acaba quando a demência aparece. Isto, entre vários outros motivos, porque a satisfação sexual diminui.
Há estudos que sugerem que a sobrecarga de trabalho com os cuidados para com o cônjuge é o maior motivo pela perda do interesse sexual. Mas, outros estudos sugerem que a atividade sexual pode ser satisfatoriamente substituída por demonstrações de carinho e empatia entre os cônjuges.
As causas mais importantes para a ausência da atividade e satisfação sexual são:
- Medo de rejeição por parte do doente.
- Disfunção erétil.
- Necessidade de ser reconhecido pelo cônjuge com demência.
- Falta de capacidade decisória para o consentimento da atividade sexual por parte do paciente demenciado.
- Conseqüências relacionadas à idade e à saúde (física e emocional) do casal.
- Apatia, depressão ou falta de interesse pela continuidade da atividade sexual por parte do paciente.
Além de tudo isso, conforme a doença progride, a perda do controle do próprio corpo, como incontinência e outros problemas de higiene pessoal, acabam diminuindo a intimidade do casal e contribuindo para a falta de interesse sexual ou para a piora considerável na satisfação sexual quando ainda há alguma atividade.
Muitos relatos sugerem que o cônjuge saudável demonstra constrangimento em manter a prática sexual com uma parceiro com demência. Há um conflito psicológico entre o papel de protetor que este cônjuge assume versus as necessidades sexuais do casal. Percebe-se que casais mais jovens e/ ou casados a mais tempo, mantém a relação sexual após o diagnóstico de uma doença demencial. Quando a relação do casal antes do diagnóstico já é disfuncional, a interferência da doença é maior.