A Dança pode ser uma alternativa de atividade fisica para aqueles que gostam de dançar.
Estamos passando por um momento na história em que temos que quebrar os paradigmas da velhice. A grande maioria das pessoas ainda associa envelhecer com perder capacidades física e mental, com doenças. Mas, embora haja um certo declínio de força física, o idoso continua capaz de aprender. E, mais do que isso, continua sendo uma pessoa que deve se sentir bem consigo mesmo.
Um dos fatores que contribui para o envelhecimento saudável é a prática de atividades físicas regularmente. Mas, a população que hoje tem 60 anos ou mais, não criou o hábito de se exercitar. Com isso, a aderência aos exercícios físicos é menor nesta faixa etária.
Neste cenário, a dança torna-se uma ótima alternativa. É o que comprova um estudo feito em Atibaia – SP, há alguns anos.
Demonstrou-se que os idosos que participaram de um programa com duas sessões de dança semanais, de 60 minutos cada, tiveram melhora em sua qualidade de vida. Os participantes do programa de dança obtiveram ganhos físicos, psicológicos e sociais. Sendo que 100% dos adultos que participaram, com idade média de 76 anos, não faltaram a nenhuma aula.
- Veja um exemplo real de melhora de qualidade de vida através da regularidade em praticar exercícios.
As melhoras dos aspectos psicológicos foram demonstrados através de testes de Depressão e sentimento de Raiva, Tensão Nervosa e Ansiedade. Os idosos também relataram um bem-estar maior durante a participação do programa que o declarado anteriormente.
Socialmente, o ganho é evidente. Antes, mais de 77% dos idosos participantes relatavam não freqüentar grupos sociais, recreativos ou grupos religiosos. Com a dança, passaram a ter uma atividade considerada recreativa, com interação social. Este fato corrobora um estudo anterior (Seedsman, 1994) que “afirmou que deve haver um equilíbrio entre as atividades físicas e recreações desafiantes para a promoção de um estilo de vida significativo para indivíduos mais velhos”.
Quando falamos de pessoas com Alzheimer e outros défcits cognitivos, a dança continua sendo uma boa alternativa. Como a memória automática é a última a ser afetada, até pessoas em fases mais graves da doença, conseguem dançar e se divertir.
Fonte: Saúde e Qualidade de Vida na Velhice. 2004. Capítulo 10 – Dança: uma atividade física de corpo e alma.