Muitas vezes, o Envelhecimento por si só já promove um estado depressivo, motivado por diversos fatores. Alguns, são próprios do Envelhecimento. Tais como perdas sensoriais (como visão e audição), de funcionalidade (força e precisão manuais), da rapidez e execução de tarefas. Além disso, também se pode perceber diminuição de memória, imaginação, criatividade, atenção, energia, iniciativa e sociabilidade. Somado a tudo isso, outras perdas podem ocorrer devido a doenças crônicas, deteriorando significativamente a saúde.
Também contribuem para o quadro depressivo a viuvez, a ausência de papeis sociais valorizados, dificuldades financeiras decorrentes da aposentadoria, perdas por mortes de amigos e pela saída dos filhos de casa e a diminuição da independência e das capacidades cognitivas.
Todo este contexto promove um afastamento do idoso do meio social. Assim, muitos idosos acabam numa situação de auto confinamento.
E esse crescente isolamento é o principal fator para a instalação da Depressão, que muitas vezes, vem acompanhada de Ansiedade. Ou ainda, ocorre um misto destes 2 problemas, a Depressão Ansiosa. Sendo que a ansiedade pode gerar o pânico e outros transtornos.
Antes de instalada esta Pandemia de Covid-19, a orientação mais comum nestes casos era aumentar a sociabilidade. Sair para almoçar com amigos, visitar familiares, frequentar centros de convivência ou escolas, entre outros.
Porém, neste momento de crise, em que se prega o isolamento social como a principal arma contra a propagação do novo Coronavírus, a orientação é preencher o tempo de outras formas. A dica é ficar em casa mas não deixar espaço para ficar pensando em coisas negativas. Ou seja, devemos desenvolver uma Terapia Ocupacional. Isto é, ocupar o seu tempo das formas mais diversas possíveis como: fazer artesanato, ler, aprender uma nova habilidade (novo idioma, redes sociais digitais, programas de computador, etc), etc.
Dado que a Pandemia de Covid-19, em que os idosos são mais propensos a desenvolver a doença com uma maior gravidade dos sintomas e com maior risco de morte, o confinamento é amplamente indicado. Isto é, quanto menor o número de pessoas que entram em contato com este grupo, menor é o risco de contaminação.
Apesar de a sociabilidade ser extremamente importante para a saúde mental de todos nós, inclusive de idosos, neste momento, o confinamento é fundamental.
Para enfrentarmos, da melhor maneira possível essa situação, vamos ter que nos adaptar! Usar o mundo digital que está a nossa disposição é uma opção. Ter uma participação maior em redes sociais virtuais como WhatsApp, Facebook, Instagram e Twitter é uma sugestão. Mas, cuidado com as notícias falsas!
Pesquisar sobre assuntos de interesse na internet (como viagens, novas receitas, museos on Line, etc). Assistir à televisão, evitando ficar muito tempo vendo notícias que só lhe deixarão tensos e preocupados também é uma boa idéia. Ocupar-se da casa. Arrumar os armários, as fotografias, organizar documentos…
Enfim, a palavra-chave neste momento de isolamento social é adaptação!
Fique em casa! Cuide-se!
[…] citado no artigo anterior, a socialização é uma das principais recomendações para evitar a Depressão em idosos. Porém, […]