O Envelhecimento saudável está muito além da ausência de doenças.
Em 2015, a OMS – Organização Mundial da Saúde – publicou um relatório sobre as condições de envelhecimento da população mundial. Em seu prefácio, Margaret Chan, diretora geral da organização, publicou algumas palavras muito sensatas. Elas nos ajudam a quebrar o paradigma de que envelhecer traz doenças ou que ser velho signifique ser inválido. Ela diz:
“… muitas percepções e suposições comuns sobre as pessoas mais velhas são baseadas em estereótipos ultrapassados. Como mostra a evidência, a perda das habilidades comumente associada ao envelhecimento na verdade está apenas vagamente relacionada com a idade cronológica das pessoas. Não existe um idoso “típico”. A diversidade das capacidades e necessidades de saúde dos adultos maiores não é aleatória. São sim advindas de eventos que ocorrem ao longo de todo o curso da vida e frequentemente são modifcáveis, ressaltando a importância do enfoque de ciclo de vida para se entender o processo de envelhecimento.
Embora a maior parte dos adultos mais velhos apresente múltiplos problemas de saúde com o passar do tempo, a idade avançada não implica em dependência.
…a resposta de saúde pública mais apropriada ao envelhecimento das populações em direção a um território novo e muito mais amplo. A mensagem principal é otimista: na vigência das políticas e serviços apropriados, o envelhecimento da população pode ser considerado uma preciosa oportunidade tanto para os indivíduos como para as sociedades.
…o envelhecimento saudável é mais que apenas a ausência de doença. Para a maioria dos adultos mais velhos, a manutenção da habilidade funcional é mais importante. Os maiores custos à sociedade não são os gastos realizados para promover esta habilidade funcional, mas sim os benefícios que poderiam ser perdidos se não implementarmos as adaptações e investimentos necessários. O enfoque social recomendado para abordar o envelhecimento da população, que inclui a meta de construir um mundo favorável aos adultos maiores, requer uma transformação dos sistemas de saúde que substitua os modelos curativos baseados na doença pela prestação de atenção integrada e centrada nas necessidades dos adultos maiores.”