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Psicoses tardias: um desafio para o envelhecimento.

Juliana Cecato
Última atualização 28 de dezembro de 2017 22:45
Por Juliana Cecato
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3 Min
idoso com psicose tardia
Idosos estão apresentando cada vez mais quadros de psicoses
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O envelhecimento populacional traz inúmeros desafios para o atendimento de saúde de pessoas idosas. Além da iminência de uma epidemia de demência nos próximos anos, os quadros de psicoses em idosos estão cada vez mais comuns.

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Psicoses são doenças mentais caracterizadas pela perda de contato com a realidade. Geralmente, os quadros psicóticos são acompanhados de agressividade, irritabilidade, delírios e, por vezes, de alucinações.O mais grave desta situação, é que muitos profissionais da saúde atendem estes idosos e erram o diagnóstico. Interpretam esses sintomas como sendo próprios de demência.

Psicoses são doenças mentais caracterizadas pela perda de contato com a realidade. Geralmente, os quadros psicóticos são acompanhados de agressividade, irritabilidade, delírios e, por vezes, de alucinações.

Uma doença mental muito famosa é a Esquizofrenia.

O diagnóstico dos transtornos mentais é feito a partir dos 18 anos de idade. Qualquer alteração que ocorre com o paciente antes desta idade, é denominado de transtorno de conduta (quando ocorre em crianças e adolescentes). A esquizofrenia ocorre com alterações logo no início da vida adulta. Seu diagnóstico é feito com base nas alterações comportamentais, sendo fundamental para o tratamento, o acompanhamento medico (medicação) e psicoterapia.

No entanto, estamos vivendo algumas quebras de paradigma quando o assunto é Psicose. Estamos descobrindo que o envelhecimento pode vir acompanhado de psicoses. Mas são problemas diferentes das psicoses que ocorrem durante a vida adulta do jovem. Idosos que nunca tiveram qualquer sinal ou sintoma de psicose quando jovem, estão surgindo em consultórios e em clínicas com sintomas de despersonalização, delírios e alucinações.

O mais grave desta situação, é que muitos profissionais da saúde atendem estes idosos e erram o diagnóstico. Interpretam esses sintomas como sendo próprios de demência.

Ao fazer a avaliação da pessoa idosa, diferenciamos esse quadro de psicose dos quadros de demência. Os critérios mais importantes foram estabelecidos por Leonardo Caixeta em um livro publicado em 2016 e também pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais em sua 5ª edição (DSM-5). São:

  • ausência de comprometimento cognitivo.
  • ausência de comprometimento em desempenhar atividades de vida diária.
  • o paciente não deve estar sob efeito de nenhuma medicação no momento da consulta.
  • o paciente não deve apresentar doença orgânica de base.

Para esses critérios, encontram-se dois importantes diagnósticos: Esquizofrenia de Início Tardio e Parafrenia tardia, que são quadros psicóticos que acontecem no envelhecimento e que são diferentes de demência.

Se você observar qualquer alteração, seja cognitiva (como por exemplos esquecimentos), comportamental (irritabilidade, agressividade, etc) ou mental (delírios de ciúmes, delírios de perseguição ou outros) procure um geriatra ou psiquiatra para melhor investigar o quadro e obter a melhor conduta.

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TAGGED:agressividadeciúmescomportamentoenvelhecimentoesquizofreniaidosoPsicosesintomas
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10 Comentários 10 Comentários
  • olga disse:
    8 de janeiro de 2018 às 14:37

    Boa Tarde,
    Gostei muito das informações em relação aos idosos

    Responder
  • Deiwes Nogueira de Sá disse:
    19 de janeiro de 2018 às 22:47

    Gostei muito do trabalho, mesmo sendo eu um desconhecedor do assunto, mas sou
    idoso e interessou-me bastante. Valeu.

    Responder
  • Vanessa disse:
    21 de maio de 2018 às 17:48

    Gostei do artigo pois minha mãe tem 63 anos e foi diagnosticada com depressão psicotica e só agora quase 2 anos doente aceitou se tratar ela está tomando o escitalopram e o
    Quetros só se o que a luta tá grande
    Porque ela me liga o tempo todo, se isolou da família, parou de dirigir, fuma o dobro de cigarro, e desconfiada, agressiva, ansiosa, tem insônia.

    Responder
    • Patricia disse:
      16 de outubro de 2018 às 01:26

      Vanessa sei que essa luta é dificil, pois estou passando pelo mesmo problema com minha mae, comecou em junho desse ano e ja estamos em outubro e o quadro nao melhora. Ela esta se tratando com psiquiatra e fazendo uso de antidepressivos e antipsicoticos, mas o quadro nao parece melhorar. Tenho receio de minha mae nunca mais ficar boa. Sua mae melhorou?

      Responder
      • Camila disse:
        10 de novembro de 2019 às 20:56

        Sua mãe melhorou?
        estou nessa luta com minha mãe.

        Responder
      • Edna disse:
        30 de janeiro de 2020 às 20:48

        Minha família estamos vivendo esse drama. Minha mãe 74 anos foi diagnosticada com Psicose (alucinação, não come mais direito, ansiedade, sentimento de perseguição, agressividade, alterações do humor, medo de sair de casa, etc) e o pior que não aceita que está doente. Eu e meus irmãos precisamos ameaçá-la de internação compulsória para ela aceitar ir no psiquiatra. Agora, iniciou tratamento com psicótico Olanzapina, mas está demorando aparecer a melhora no seu humor e comportamento. Só Deus na causa porque ainda não sabemos lidar com essa situação.

        Responder
  • ana caroline vilela disse:
    3 de dezembro de 2018 às 21:04

    gostei do artigo. Muito didático.

    Responder
    • FRANCILEIDE INACIO DOS SANTOS disse:
      15 de setembro de 2019 às 01:51

      Minha mãe tem sintomas de depressão desde quando tinha 65 anos e está em tratamento com medicamentos há algum tempo, usando o Escitalopram. Mas agora já com 79 anos, de um dia para outro ela acordou dizendo que é outra mulher e não mais a anterior, que era triste, tímida e mal humorada. De repente ela começou a agir como uma criança que não tem limites no que vai falar. Diz tudo que lhe vem à cabeça, sem maldade, claro…de uma forma até engraçada para quem a vê falando. Mas para mim que sou filha, é triste ver que aquela “nova mulher” age assim pq não está bem. Ela diz que vê pessoas que não existem, cantarola e dança em qualquer lugar que estiver sem nenhum pudor. Enfim…está psicologicamente perturbada. Inicialmente achamos que poderia ser efeito colateral de algum remédio, tiramos mas o comportamento continua depois de 15 dias. Parece mesmo outra pessoa. Finalmente levaremos ela a um psiquiatra, geriatra, neurologista. Deus nos ajude!!

      Responder
  • Silvia disse:
    30 de março de 2019 às 10:34

    Minha sogra ouve barulho dentro de casa. Vê um homem anda pelas parede atormenta ela dia q tão seguindo ela todo tempo e agressiva fala sozinha xingar dentro de casa palavrões q será q é?q fazer…

    Responder
    • Juliana Martinelli disse:
      3 de abril de 2019 às 00:29

      Procurar um médico urgentemente.

      Responder

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