No artigo passado, falamos sobre autoprescrição e colocamos a caminhada como exemplo. Neste faremos um paralelo analisando as diferenças da mesma Atividade Física, mas de forma planejada.
Primeiramente, o Educador Físico pedirá ao idoso ou a seu cuidador exames médicos para ter ciência de eventuais problemas físicos e medicamentos utilizados. A partir daí, traçará um plano periódico com metas e avaliações respeitando sua individualidade.
Para avaliar a condição física do idoso há inúmeros testes indiretos (não invasivos) que o Instrutor pode utilizar. Volume de oxigênio e distância percorrida por um tempo determinado são exemplos. Estes quesitos fornecem dados importantes para o planejamento das sessões em diferentes prazos.
A caminhada planejada tem seu primeiro período, que chamamos de Base. Neste inicia-se o programa de Caminhada com baixa intensidade e longa duração (30 minutos a 1:30 horas) para haver adaptação do organismo à atividade e evitar futuras lesões.
Podem-se fazer exercícios de coordenação motora para a caminhada ficar mais correta e gastar menos energia, até mesmo quando mais acelerada. É adequado prescrever exercícios extras para fortalecimento de joelhos e tornozelos, além de alongamentos gerais.
Feito este período, que pode durar dias, semanas ou meses, (isso varia de cada planejamento específico) teremos os períodos em que se aumentará a intensidade e talvez reduzir a duração da atividade introduzindo dinâmicas. Exemplos:
– Andar 2 minutos lento (confortável) e 3 minutos mais acelerado ficando levemente ofegante.
– Andar progredindo a velocidade a cada 6 minutos por um período de 30 minutos.
– Caminhar em passos curtos, para trabalhar mais glúteos ou passos largos para alongar internos de coxa e desenvolver mais equilíbrio.
– Caminhar com carga, balançando os braços ou abrindo e fechando as mãos.
– Andar 1 minuto leve e 1 minuto trotando ou correndo por 20 minutos.
Tais dinâmicas e intensidades estarão de acordo com os objetivos do idoso e do instrutor. As avaliações feitas no início devem ser repetidas e comparadas para analisar se as sessões estão atingindo o alvo esperado.
Ao contrário da caminhada autoprescrita, que exemplificamos no artigo passado, a dinâmica de tempos e ritmos garantem com mais eficácia os resultados desejados. Pessoas que caminham freqüentemente no mesmo ritmo, mesma intensidade e sem dinâmicas param de adquirir os benefícios que a atividade proporciona ao longo do tempo.
O instrutor deve variar as sessões oscilando entre altas, médias e baixas intensidades. O organismo sempre precisa ser desafiado ou descansado e uma atividade planejada pode assegurar tais benefícios almejados pelos idosos.
Procure um profissional de Educação Física e faça exercícios com mais segurança!
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