Sabemos que o envelhecimento humano envolve mudanças estruturais, funcionais e neurais. Tais alterações podem comprometer órgãos e funções diversas. Uma das funções que se destaca é a deglutição.
A Disfagia é o nome dado aos problemas na hora de engolir.
O ato de engolir exige a integridade de um grupo de estruturas interdependentes, envolvendo ações mecânicas e reflexas, de caráter neuromuscular, que depende de um sistema dinâmico e sincrônico. Através deste processo complexo, o alimento deve ser conduzido da boca até o estômago de forma segura. Ou seja, sem permitir a entrada do material ingerido em vias aéreas.
A Disfagia se configura numa falha nesse processo. Pode ocorrer devido a alterações resultantes de doenças neurológicas, como Doença de Parkinson, Acidente Vascular Encefálico (AVE), Doença de Alzheimer e Miastenia Gravis. Também pode resultar de alterações estruturais, em decorrência de tumores e traumas. Quando ocorre simplesmente por modificações inerentes ao processo de envelhecimento, chama-se Presbifagia.
As complicações decorrentes da disfagia envolvem risco de desnutrição, desidratação, complicações respiratórias e pneumonia aspirativa. Considerando que o momento da refeição deve representar um momento prazeroso, de socialização e interação familiar, a Disfagia também tem impactos sociais e emocionais. Quando engolir se torna um desafio, muitas vezes o idoso pode preferir se isolar, o que pode comprometer o envelhecimento saudável.
Mas o que fazer quando isso acontecer?
Se estivermos falando de um idoso cognitivamente saudável, deve-se procurar um Fonoaudiólogo. Este profissional da saúde pode ajudar o idoso a aprender a engolir novamente.
Quando estamos falando de um portador de doença degenerativa, o ideal é ter acompanhamento de uma equipe multi-disciplinar de saúde, com médico, fonoaudiólogo e nutricionista.
Veja aqui, 6 receitas de sobremesas cremosas e fáceis de engolir.
De maneira simplificada, seguem alguns cuidados a serem tomados com o objetivo de ajudar na alimentação do idoso com Disfagia (não estamos falando em tratamento para reverter o quadro).
- Ambiente e Postura: oferecer os alimentos em local tranquilo e sem distrações. Idealmente, o idoso deve ficar sentado com leve inclinação da cabeça para frente e o cuidador deve estar sentado na mesma altura.
- Adaptação da Dieta:
- oferecer refeições menores mais vezes por dia.
- optar por alimentos leves e macios ou pastosos.
- evitar líquidos “finos” como chás pois o risco de aspiração é maior.
- evitar alimentos duros, arenosos e secos (bolacha água e sal, farofa, etc)
- Forma de Alimentar: sentir a colher na língua estimula o reflexo da deglutição. Por isso, prefira usar colheres a seringas. Sempre oferecer quantidades pequenas e evitar conversar durante a alimentação.
Em casos extremos, deve-se recorrer a vias alternativas de alimentação, como sonda naso-gástrica, por exemplo. Mas estes casos obrigatoriamente devem ser avaliados por um médico e um nutricionista.
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*Fonte dos primeiros parágrafos: Journal of Aging and Innovation.
Gostei muito da apresentação e informação dada
Muito instrutivo. Sao orientaçoes que ajudam a compreender o avanço da idade e a cuidar dos nossos pais.
Foi muito útil.
Estou cuidando de minha mãe
Que tem 91 anos. Ela não tem nem uma doença importante. Há mais ou menos uns cinco anos ela teve AVE
Mas não teve nenhuma sequela. Agora há mais.ou menos uns 6 meses Ela vem apresentando pequenos encasgos, como se o alimento tivesse dificuldade em chegar ao estômago.
Será que isso pode ser em razão do AVE que ela sofreu?
Provavelmente, não. Pode ser apenas parte do envelhecimento muscular normal. Minha sugestão é procurar uma boa Fonoaudióloga para avaliação.
Foi de grande ajuda
Sou cuidadora e estou com um paciente com esta dificuldade.
Importante essa orientação
Tem sido de grande importância as orientações que encontrei aqui.obrigata. waldelene
Minha mãe tem Alzheimer e está nessa fase de não querer mais se alimentar. Estava me sentindo perdida e com esses artigos estou conseguindo lidar melhor com tudo isso.
Obrigada.
Obs. :. Seria de grande valia de como ajudar o cuidador que adoece com tudo isso.
Já estamos pensando em um programa de ajuda psico-educativa para os cuidadores. Teremos novidades em breve!
Eu não sabia mais o que fazer, minha mãe está desse jeito,ficava o dia inteiro tentando fazer ela comer e não sabia nem conhecia, pensava q era pirasa foi aí então q me falaram e levei ao médico e ela vai fazer uma undoscopia, Mais aí comesei a dá tudo mole batido no liquidificador e com a ajuda de Deus ela tá comendo, não como antes mais tá se alimentando melhor.
Muito bom o conteúdo, palavras que conseguimos compreender bem . Trabalho como cuidadora e o médico da minha paciente receitou pra o espessante, andei pesquisando e cair de paraquedas neste contexto maravilhoso.
Obrigada pela ajuda.
Muito importante.
O meu pai teve um AVC quarta feira e deste de então não consegui bebê água e nem um outro tipo de líquido,mais alguém já passou por isto pode me ajuda?
O melhor a fazer neste caso é levar seu pai a um médico e/ou fonoaudiólogo para avaliação.
O meu pai teve um AVC quarta feira e deste de então não consegui bebê água e nem um outro tipo de líquido,mais alguém já passou por isto pode me ajuda?conhece algum medicamento
Gostei. Bom informativo.Sou cuidadora e ajudou esclarecer. Lourdes
Minha mãe está com Alzheimer e está com dificuldade de se alimentar. A fono disse que ela apresenta pouco vontade e que provavelmente não volte mais a comer. Bem, será que dar uma chupeta, que é um estímulo pra deglutição Tb não seria viável?
Não.
Gostei muito, minha mãe tá assim ,o médico passou uma undoscopia pra ela fazer, está comendo tudo batido no liquidificador,
[…] com disfagia, ou seja, dificuldades para engolir, devem receber alimentação específica. A orientação de nutricionista e/ou fonoaudiólogos é […]
Oi minha mãe está com disfagia a fono passou exercícios mais ela ainda esta engasgando muito e SÓ ela começar a engolir que começa a juntar muito muco na garganta não sei porque este muco