A qualidade do sono é um dos fatores que mais influenciam nossa qualidade de vida. Muitos são os fatores que influenciam o sono, inclusive a escolha do colchão e do travesseiro.
Sabe-se que o sono é composto de vários estágios, que podem ser identificados através da análise da atividade elétrica cerebral.
O conjunto de registros das ondas cerebrais durante o sono é chamado de Polissonografia. O sono de um adulto jovem e sadio pode ser dividido em ciclos com duraçõa de 70 a 100 minutos cada. E cada ciclo se repete de 4 a 5 vezes por noite. O sono então é estruturado da seguinte maneira: estágio 1, 2 (sono superficial), 3, 4, 3 (sono profundo), 2 e sono paradoxal ou REM (em que ocorrem movimentações rápidas dos olhos). Na maior parte das vezes, os ciclos são “emendados” e não acordamos na transição.
Estudos têm demonstrado que o processo de envelhecimento acarreta em modificações qualitativas e quantitativas do sono. Estas alterações podem ser percebidas (ou não) como perturbação do sono, dependendo de cada pessoa.
A maior parte dos idosos que aponta alguma perturbação do sono, queixa-se de demorar a adormecer e/ou acordar muitas vezes durante a noite. Percebem o sono com sendo “mais leve”. Além disso, existe uma tendência maior em dormir durante o dia, tirando pequenos cochilos.
Quantitativamente, há estudos feitos através de polissonografia, apontando que, a partir dos 60 anos, em média, a duração do sono passe de 6,5 horas a 8 horas para 5 a 7 horas por noite.
Embora ainda não haja um consenso na comunidade científica entre o que é “normal” e o que pode ser um distúrbio do sono, as maiores diferenças entre o sono de um adulto mais jovem e um adulto de mais de 60 anos são:
- Diminuição da duração dos estágios 3 e 4 (de sono profundo).
- Redução da amplitude das ondas cerebrais delta, que caracterizam o sono profundo, principalmente nos homens.
- Aumento do estágio 1 e 2 (de sono superficial).
- Diminuição da latência e da duração do sono REM.
- Maior número de transições entre os estágios do sono.
A experiência do sono é individual e subjetiva. Assim, caso você esteja percebendo alterações no sono durante o envelhecimento maiores que as apontadas acima, procure um médico. Insônia não é normal! Dormir bem melhora nossa qualidade de vida.
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Meu pai tem 87 anos e portador de Alzheimer. Ele agora dorme a manhã toda, temos muita dificuldade em tirá-lo da cama(ele Ainda anda). Quando conseguimos, ele logo volta a deitar novamente. Dai, à noite, fica levantando o tempo todo, perambulando pela casa e volta a deitar pra, logo mais, levantar novamente e assim vai.
.Muito boa reportagem.
[…] que mudanças nos padrões de sono são comuns em pessoas com doença de Alzheimer e outras doenças neuro-degenerativas. Acredita-se […]