Terceira Idade e história da nutrição com Vitamina C.

A História da Nutrição e o Envelhecimento Saudável.

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A história da Nutrição moderna como ciência de saúde é relativamente nova. Em 1747, o capitão James Lind realizou um dos primeiros ensaios clínicos registrados sobre a influência da alimentação na saúde do homem. Ele submeteu marinheiros britâncios, que sofriam de escorbuto, a diversos tratamentos. Mas, apenas 1 grupo – aqueles que recebem frutas cítricas em suas refeições – obtiveram melhora. Esta foi uma das primeiras evidências de que um fator dietético específico poderia curar doenças.

No entanto, foi apenas em 1932 que a primeira vitamina foi quimicamente isolada. A Vitamina C (ácido ascórbico) foi comprovada como protetor ativo contra o escorbuto.

Este fato confirmou, pela primeira vez, que nutrientes dietéticos específicos poderiam prevenir doenças. Foi um capítulo muito importante na história da Nutrição ocidental.

Nas duas décadas subsequentes, houve uma explosão de Nutrição como ciência. Neste momento, confirmaram-se outras doenças causadas pela falta de um único nutriente. Entre elas estão a beribéri (falta de tiamina), pelagra (falta de niacina), anemia (falta de ferro), bócio (falta de iodo), cegueira nocturna (falta de vitamina A) e raquitismo (falta de vitamina D).

Coincidiram com esses avanços científicos, alguns eventos geopolíticos importantes como a Grande Depressão de 1929 e a Segunda Guerra Mundial. Então, a escassez de alimentos se tornou uma realidade e, com ela, a inadequação de nutrientes. Assim, as primeiras políticas alimentares surgiram. Em 1941, o presidente Franklin Roosevelt convocou a Conferência Nacional de Nutrição. O objetivo era garantir uma população apta para a guerra, minimizando doenças por deficiência de nutrientes. No mesmo ano, a Sociedade Americana de Medicina declarou-se encorajada e incentivar pesquisas para:

  • Estimar as quantidades de nutrientes essenciais nos alimentos.
  • Detecção de estados de deficiência nutricional.
  • Determinação de “requisitos ótimos e mínimos” para cada nutriente.

Consequentemente, todas as primeiras “Diretrizes Nutricionais” eram focadas na deficiência de nutrientes. As primeiras normativas dietéticas nos Estados Unidos falavam de quantidades mínimas diárias a serem ingeridas de calorias, proteína, ferro, cálcio, tiamina, riboflavina, niacina e vitaminas A, C e D. Com base nesta convergência de probabilidade de eventos científicos e geopolíticos, as diretrizes para a dieta americana durante a maior parte do século 20 enfatizaram a prevenção de deficiências de um único nutriente.

Com o fim dos eventos adversos e a evolução da agricultura e indústria de alimentos, iniciou-se uma nova fase. Nesta época, a abundância alimentar se tornou realidade em várias regiões do mundo. E um novo problema surgiu: doenças crônicas causadas ou agravadas por hábitos alimentares.

Foi somente na década de 1980 que a história da nutrição virou mais uma página. Neste momento, as políticas nutricionais passaram a conter limites máximos e mínimos de consumo diário de nutrientes em função da manutenção da boa saúde.

Agora, estamos vivendo um novo momento histórico também para a Nutrição. Com a realidade da longevidade, será necessário indentificar as necessidades nutricionais para cada fase de nossa vida. Inclusive, para a população de adultos mais velhos.

Veja aqui o que já se sabe ser diferente na nutrição de pessoas mais velhas.

Já existem muitas políticas públicas de alimentação e diretrizes alimentares por faixa etária. Mas, para a fase que se inicia aproximadamente aos 60 anos, ainda há muito o que aprender, discutir, descobrir e comunicar.

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