longevidade humana na terceira idade

Não Há Limites para a Longevidade Humana

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A longevidade humana vem aumentando. Hoje, estão vivas no mundo, mais de 500 mil pessoas com 100 anos ou mais. Este número tende a dobrar a cada 10 anos. Somente na Itália, vivem hoje 4 mil idosos com mais de 105 anos. É o país com maior número de centenários per capta do planeta. Foi lá que morreu no ano passado Emma Morano, a última pessoa ainda viva nascida no século XIX.

Há algum tempo, publicamos um texto falando dos limites biológicos da vida humana. Neste texto, o autor fala da teoria das perdas funcionais, que limitariam biologicamente a vida humana a 120 anos. Pois, nesta idade, o pulmão deixaria de funcinar. Esta semana, no dia 27 de junho de 2018, uma publicação da Revista Science coloca tais limites em dúvida.

Segundo a publicação, não há limites para a longevidade humana. A prova, vem de levantamento estatístico.

Uma equipe liderada pela demóloga Elisabetta Barbi, da Sapienza University, e Francesco Lagona, da Roma, descobriu que o risco de morte – que, ao longo da maior parte da vida, aumenta à medida que as pessoas envelhecem – se estabiliza após os 105 anos de idade. Assim, cria-se um ‘platô de mortalidade’. Isso significa que as chances de alguém morrer de um aniversário para o outro é de aproximadamente 50%. “Se existe um patamar de mortalidade, então não há limite para a longevidade humana”, diz Jean-Marie Robine, um demógrafo do Instituto Francês de Saúde e Pesquisa Médica de Montpellier, que não esteve envolvido no estudo.

Portanto, alguém como Chiyo Miyako, a tataravó japonesa que, aos 117 anos, é a pessoa mais velha do mundo, poderia viver nos próximos anos – ou mesmo para sempre, pelo menos hipoteticamente. Já que, matematicamente, seu risco de morte não aumenta mais com o passar o tempo.

Os pesquisadores há muito tempo debatem se os seres humanos têm um limite superior de idade. O consenso sustenta que o risco de morte aumenta constantemente na idade adulta, até cerca de 80 anos ou mais. Mas há um desacordo veemente sobre o que acontece quando as pessoas entram nos seus 90 e 100 anos.

Alguns cientistas examinaram dados demográficos e concluíram que existe uma “vida útil” fixa para nossas espécies. Assim, as taxas de mortalidade continuam aumentando. Outros analisaram os mesmos dados e concluíram que o risco de morte se estabiliza nos anos ultra-dourados. E, portanto, que a vida humana não tem um limite superior.

Vamos aguardar as próximas descobertas!

Fonte: Revista Nature

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