Idoso deve tratar pressão alta para não virar emergência

Quando a Pressão Alta é uma Emergência?

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Nos textos anteriores, foram explicadas as particularidades da pressão arterial no idoso. Também falamos da importância do tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) para prevenção de doenças relacionadas à esta condição, como doenças de retina e doença renal.

 

Muitas pessoas são portadoras de HAS (Hipertensão Arterial Sistêmica) e tratam de maneira irregular ou insuficiente. Elas possuem níveis pressóricos acima do normal no dia-a-dia. Ou seja, estão com a pressão alta quase sempre.

Em uma situação de mal estar inespecífico como dores no corpo ou prostração, acabam aferindo sua pressão em ambientes extra hospitalares. Nestas situações, acabam por se deparar com níveis de pressão arterial acima do esperado 12 por 8. Isso motiva a procura por pronto atendimento (PA). Mas, quando devemos nos preocupar em procurar um pronto socorro por conta de pressão alta?

A pressão alta pode sim estar associada a situações de emergências ou urgências médicas. São as chamadas Emergências e Urgências Hipertensivas.

Uma emergência hipertensiva é caracterizada por situações dramáticas associadas à níveis elevados de pressão arterial. São elas:

  1. Edema agudo de pulmão: extravasamento de água dos vasos sanguíneos para o tecido pulmonar, tornando a respiração difícil.
  2. Infarto agudo do miocárdio.
  3. Dissecção de aorta: separação das camadas da artéria aorta criando um “caminho errado” para a circulação sangüínea.
  4. Acidente vascular encefálico: derrame.

Quando ocorrem complicações como infarto do miocárdio, dissecção de aorta e edema agudo de pulmão, o paciente apresenta alguns sintomas como: dor no peito, falta de ar, intolerância aos esforços, náuseas e vômitos e sudorese intensa e desmaios. No acidente vascular encefálico, o derrame, o paciente pode apresentar dificuldade de fala, desvio da boca, alterações da consciência (ficar pouco responsivo, por exemplo), dificuldades de movimentar alguma parte do corpo, tontura súbita, entre outros sintomas.

Qualquer uma das situações acima, associadas ou não à elevação de pressão arterial, devem motivar a procura imediata por um pronto socorro. Quando essas situações são associadas à pressão alta, denominam-se emergências hipertensivas. São situações dramáticas cuja HAS não tratada é um fator de risco. Ou seja, possuir HAS e não fazer o tratamento a longo prazo é um fator facilitador para desenvolver qualquer emergência hipertensiva no futuro.

Outras situações devem motivar a procura de um pronto socorro por conta de elevação da pressão. Pessoas com fatores de risco para doenças cardiovascular, como diabéticos, fumantes, idosos ou pessoas que já tiveram infarto ou derrame, ao perceberem níveis de pressão acima do normal, devem procurar atendimento.

Há ainda algumas situações em que o próprio valor isolado da pressão arterial indica a procura por um pronto atendimento. É quando a Pressão arterial sistólica (a máxima) maior ou igual à 220mmHg e/ou a pressão arterial diastólica (a mínima) maior ou igual à 120. Ou seja, quando a pressão chegar a 22 por “x” ou “y” por 12.

Situações relacionadas à percepção de valores elevados de pressão, sem sintomas específicos devem motivar atendimento médico e avaliação em consultório/ambulatório. Neste caso, deve-se procurar atendimento médico confirmação de diagnóstico e início do tratamento da pressão alta. Quando não há sintomas, não precisamos procurar departamentos de emergência. Ressaltamos ainda a importância do tratamento da HAS, como mostrado em sessões anteriores. As diversas particularidades no idoso devem motivar a procura de uma avaliação geriátrica.

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