Fisiologia dos exercícios para tratamento do Alzheimer

Como Exercícios Físicos ajudam no tratamento do Alzheimer

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No artigo anterior, falamos dos cuidados para o idoso portador da doença iniciar um programa de Exercícios Físicos. Neste, abordaremos os efeitos fisiológicos dos exercícios no corpo para explicar como ajudam no tratamento do Alzheimer.

Sabemos que a neuropatologia da Doença de Alzheimer caracteriza-se por dois mecanismos que determinam a morte neuronal. Um é a formação de placas amilóides externas aos neurônios. A outra é a hiperfosforilação da proteína tau. Este processo altera o equilíbrio eletro-químico dos neurônios, levando à formação de emaranhados neurofibrilares dentro destas células. Estes mecanismos determinam o processo de atrofia cerebral, na medida que matam neurônios.

Entenda como é o envelhecimento cerebral normal.

Esta atrofia cerebral, por sua vez, é responsável pelos sintomas que conhecemos da demência, como perda de memória recente, apraxia, etc. Todos estes sintomas são alterações das funções cognitivas.

É então que os exercícios ajudam no tratamento do Alzheimer (lembrando que o tratamento neste caso não visa à cura, mas sim à melhora da qualidade de vida).

Inúmeros estudos mostram os benefícios do exercício físico na função cognitiva, relacionada aos processos de informação (percepção, aprendizagem, memória, atenção, vigilância, raciocínio e solução de problemas).

Acredita-se que o exercício físico pode aumentar o fluxo sanguíneo do cérebro. Conseqüentemente, de oxigênio e outros substratos energéticos. Proporcionando, assim, a melhora da função cognitiva e a menor possibilidade de deposição de proteínas (que formam as placas amilóides citadas acima) que prejudicarão o funcionamento cognitivo.

A atividade física regular também influencia a plasticidade cerebral.

Estudos demonstram que o aumento da densidade vascular no córtex cerebelar (responsável pela manutenção do equilíbrio, controle do tônus muscular, movimentos voluntários e aprendizagem motora) mantém a integridade cerebrovascular. Isto é, ajuda a evitar a diminuição da circulação sangüínea cerebral, elevando a capilarização e o número de conexões neurais.

Complementando, o exercício físico aumenta a circulação sanguínea cerebral. Estimulando, desta maneira, a liberação de substancias que auxiliam no funcionamento do sistema nervoso central. Uma destas substâncias é o BDNF (brain derived neurotrophic factor), um neurotrófico que promove o crescimento neural, mantendo as funções cerebrais e melhorando sua plasticidade. Em outras palavras, é uma proteína responsável pela estimulação da regeneração neural em diversas áreas cerebrais. Ela age como um mediador da eficácia sináptica favorecendo a neuroplasticidade.

Esta proteína é responsável pela aprendizagem e sua produção é estimulada pelo exercício físico. Sua manutenção preserva a função cerebral e sua longevidade.

Próximo artigo, exemplificaremos os tipos de exercícios físicos mais adequados ao portador da doença de Alzheimer.

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    • Em nossa pagina, há um menu em que está escrito “bem-estar”. Posicione o mouse sobre esta palavra e vai abri um sub-menu. Posicione o mouse sobre “Saúde” e vão aparecer “Demências e Alzheimer” e mais embaixo, “Parkinson”. Há muitas informações ali. Espero que ajude.

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